Como tudo na vida tem a sua duração, o seu tempo, também a minha participação online nos assuntos políticos do nosso Concelho chegou ao fim.
Foram vários os escritos que ultimamente fui alinhavando como sei e pude e agradeço ao Senhor Carneiro Jacinto o obséquio de os ter publicado.
Foram cerca de 6 meses muito interessantes que passei aqui na blogoesfera, mas o ciclo chegou ao fim e é tempo de partir para outra.
Tenho sérias dúvidas em repetir a experiência mas como em tudo o mais, nunca se deve dizer nunca.
UM ELEITOR
19 de outubro de 2009
14 de outubro de 2009
ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS
Alexandre Herculano
“Não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar as minhas opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender”.
Ao lembrar esta citação de Alexandre Herculano assumo que errei em alguns vaticínios dos resultados eleitorais, nos inúmeros textos que foram publicados, ainda que as minhas opiniões se mantenham inalteráveis.
Foi pois sem qualquer surpresa e tal como tinha previsto, nos diversos artigos que escrevi e que o Senhor Carneiro Jacinto fez o obséquio de publicar como Posts, que Isabel Soares e o seu PIS venceram as eleições para a autarquia de Silves, pela quarta vez.
Este desfecho, como já o disse, não constitui surpresa, é a colheita resultante da sementeira que Isabel Soares fez ao longo destes 12 anos (pôs deliberadamente mais de metade dos habitantes do Concelho a dependerem da Câmara). Contudo, havendo vários outros factores que contribuíram para este resultado, hoje, mais que nunca, fica no ar a dúvida se, com outro candidato, o Partido Socialista não teria chegado à vitória.
Debrucemo-nos então sobre os resultados:
PIS + PSD
1. O PIS “coligado” com o PSD, ao alcançar apenas 6.761 votos, perdeu a maioria absoluta.
2. Esta mesma “coligação”, embora no global tenha perdido apenas 690 votos em relação a 2005, para a eleição da Câmara, só perdeu em Messines e para a CDU.
3. Desde 1989 que os laranjas não tinham um resultado tão mau, para a Câmara, naquela Vila.
4. Quem deve estar a rir com a perda de um vereador pelo PIS deve ser José Manuel Alves, pois se o lugar não foi para ele, o “dissidente” do Partido Socialista e Secretário da Junta de Alcantarilha, Jorge Silva, também não vai aquecer a cadeira.
5. Espera-se que esta falta de um vereador a Isabel Soares, para aprovação democrática, das diversas matérias que obrigatoriamente passam pelo plenário da Câmara, não implique a contratação de uma eventual firma de advogados de Lisboa, para negociar, ora com Rosa Palma da CDU, ora com Mário Maximine; não cito Lisete Romão ou Fernando Serpa pois certamente que em quatro anos a senhora presidente já se habituou a negociar com qualquer dos dois: não se deve é esquecer que estamos em crise e que os advogados da nossa praça também têm direito a viver.
6. Em S. B. Messines os 753 votos para a Junta de Freguesia alcançados por Joaquim Gonçalves é o pior resultado do PIS e do PSD desde 1979.
CDU
1. Ao alcançar 3.193 votos a CDU igualou praticamente o resultado de
2005, como que para contrariar as minhas erradas previsões. Confirmou no entanto a minha opinião de que Rosa Palma não significava uma mais valia imediata para a coligação.
2. Mário Godinho, em Silves, que nas duas últimas eleições perdeu 300 votos em cada uma delas, venceu, mas perdeu também a maioria absoluta na “sua” Junta de Freguesia ao obter somente 2297 votos, aliás, a pior votação dos Comunistas na Junta de Freguesia de Silves desde 1979.
3. A grande alegria da CDU e ao mesmo tempo a maior surpresa destas eleições foi sem dúvida a sua grande vitória em S. B. Messines, para a Junta de Freguesia: João Carlos Correia com os seus 1597 votos faz recordar aos Messinensses e aos comunistas os bons velhos anos 80 do Zé da Raquel.
4. Saliente-se que, pela primeira vez, nestes trinta e cinco anos de eleições, a maior votação dos comunistas para a Câmara - 1323 votos – foi em Messines. Silves ficou-se pelos 1137 votos, a sua pior votação dos últimos 30 anos na Freguesia. Desta vez os votos não foram para o PIS/PSD mas sim para o PLR/PS.
BE
1. Com 1.006 votos ainda não foi desta que o BE e mais concretamente Carlos Cabrita logrou integrar o executivo da Câmara de Silves. Mesmo sem fazer qualquer extrapolação dos resultados das Legislativas confesso que esperava uma maior votação e assumo que também aqui errei nas minhas previsões.
2. O BE ainda conseguiu eleger o antigo Presidente da Junta de Alcantarilha do PSD – Orlando Gonçalves -, como independente, nessa mesma Junta.
3. Mas foi a eleição de Carlos David Marques pelo Be para a Junta de Freguesia de Silves que tem grande relevância pois desse modo fez Mário Godinho da CDU perder a maioria absoluta.
4. Desconhece-se qual vai ser o futuro político do BE em Silves e mais concretamente do seu líder Carlos Cabrita, o qual, ao não ser eleito para a Câmara e ao não integrar a lista para a Assembleia Municipal, onde teve papel de relevo durante os últimos 4 anos, fica de fora em tudo, até parece que foi uma coisa preparada. O lugar do BE na Assembleia, em princípio, vai ser ocupado por Filipe Bárbara, que regressa àquelas funções alguns anos depois, mas por outro partido.
PLR +PS
1. Ainda que a “coligação” se tivesse aproximado do resultado que o PS obteve para eleger José Viseu em 1989, que foram 5.831 votos, não foi suficiente pois só conseguiram agora 5.453.
2. Esta campanha e a candidata não trouxeram nenhuma mais valia ao Partido Socialista uma vez que uma sondagem elaborada, há mais ou menos um ano, dava ao PS uma percentagem de cerca de 34,80% e agora, mesmo com esta “coligação”, a percentagem obtida é apenas de 31,8%.
3. O “desconforto” deste resultado está bem patente nos rostos dos Socialistas e não só, e a observação de que a vitória estava ao seu alcance, com outro cabeça de lista, ouve-se agora por todo o Concelho. (deviam ter pensado bem e facilmente percebiam esse facto).
4. Esta derrota estendeu-se a Messines, onde foram derrotados pela CDU, para a Câmara e onde o Socialista José Vítor viu a Junta de Freguesia fugir-lhe das mãos, também para a CDU.
5. Em Armação de Pêra e como já tinha previsto, o Socialista Luís Ricardo vai ficar mais quatro anos a ver o Fernando Santiago a dormitar nas Assembleias, o que constitui também mais uma derrota para a “coligação”. Há quem diga que com José Casimiro as coisas podiam ter sido diferentes.
CONCLUSÃO
Quase chegado ao final da terceira folha A-4 creiam-me que não está fácil terminar a escrita atendendo às muitas interrogações que estes últimos tempos me colocam, como por exemplo as que aleatoriamente apresento:
a) Vai Isabel Soares aguentar os 4 anos do mandato?
b) Lisete Romão vai pedir a demissão da Concelhia do PS de Silves?
c) Rosa Palma é para continuar ou foi só uma experiência?
d) Acabou-se a política para Carlos Cabrita?
e) Carneiro Jacinto estará na luta daqui a dois ou a 4 anos?
f) Será Ricardo Matos o trunfo para as próximas ou na luta dentro do partido vai aparecer outro jovem a querer o mesmo?
g) O Eng.º Fernando Sequeira depois de ser o nº.2 de Lisete foi corrido e substituído por Fernando Serpa; mandou umas bocas e qual não foi o espanto (para mim) quando aparece nas listas de Lisete para a Assembleia; terá sido para não ficar de fora da corrida nas próximas?
h) Com o final de Isabel Soares daqui a 2 ou a 4 anos acaba-se o PIS ou estarão já a “fabricar” um sucessor da senhora que funcionará como o testa-de ferro do PIS embora com outra sigla?
i) Irá Isabel Soares daqui a 2 anos chefiar o Conselho de Administração da empresa privada de águas e saneamento que andam para aí a tramar, ou vai cuidar das netas e do neto?
j) Vai a professora Manuela Guerreiro aguentar o mandato todo, vai ser ela a bode-expiatório do mandato, ou vão dividir a vereação em dois períodos para contentar também Jorge Silva?
k) Filipe Barbara vai mesmo assumir o lugar na Assembleia Municipal pelo BE ou pelo facto de Carlos Cabrita não ter sido eleito vereador o amigo Filipe vai abdicar?
l) O caso Viga D’Ouro quando terá reinício? E chegará ao fim?
m) Porque teima Isabel Soares em dizer que o caso Viga D’Ouro está em segredo de justiça, se sabe que é mentira? Será porque se convenceu de que uma mentira dita muitas vezes se transforma em verdade?
n) Se a justiça não fosse uma treta em Portugal, apurar-se-ia em 5 minutos que Vítor Rocha e Carlos Sequeira não podem ser os bodes-expiatórios desta história; então e depois Isabel Soares teria que restituir ou não à Câmara o dinheiro gasto com os advogados que estão a defender a senhora e não o Município em tudo isto?
o) Terá algum fundamento dizer-se que se viesse uma inspecção, ou auditoria externa à contabilidade da Câmara Municipal de Silves, ia tudo dentro?
p) Terá fundamento dizer-se que foi o próprio governo PS que travou o processo Viga D’Ouro, porque se assustou quando Mendes Bota exigiu nas rádios a intervenção da PJ e do MP na Câmara de Portimão, quando este caso estava ao rubro e quando dizem que haviam já dois mandatos de detenção para Silves?
Cheguei ao fim da 4ª folha A4 e espero que compreendam que embora não consiga apresentar todas as interrogações que ainda me assaltam o espírito, tenho mesmo de terminar, até para não ser muito mais maçador.
UM ELEITOR
“Não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar as minhas opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender”.
Ao lembrar esta citação de Alexandre Herculano assumo que errei em alguns vaticínios dos resultados eleitorais, nos inúmeros textos que foram publicados, ainda que as minhas opiniões se mantenham inalteráveis.
Foi pois sem qualquer surpresa e tal como tinha previsto, nos diversos artigos que escrevi e que o Senhor Carneiro Jacinto fez o obséquio de publicar como Posts, que Isabel Soares e o seu PIS venceram as eleições para a autarquia de Silves, pela quarta vez.
Este desfecho, como já o disse, não constitui surpresa, é a colheita resultante da sementeira que Isabel Soares fez ao longo destes 12 anos (pôs deliberadamente mais de metade dos habitantes do Concelho a dependerem da Câmara). Contudo, havendo vários outros factores que contribuíram para este resultado, hoje, mais que nunca, fica no ar a dúvida se, com outro candidato, o Partido Socialista não teria chegado à vitória.
Debrucemo-nos então sobre os resultados:
PIS + PSD
1. O PIS “coligado” com o PSD, ao alcançar apenas 6.761 votos, perdeu a maioria absoluta.
2. Esta mesma “coligação”, embora no global tenha perdido apenas 690 votos em relação a 2005, para a eleição da Câmara, só perdeu em Messines e para a CDU.
3. Desde 1989 que os laranjas não tinham um resultado tão mau, para a Câmara, naquela Vila.
4. Quem deve estar a rir com a perda de um vereador pelo PIS deve ser José Manuel Alves, pois se o lugar não foi para ele, o “dissidente” do Partido Socialista e Secretário da Junta de Alcantarilha, Jorge Silva, também não vai aquecer a cadeira.
5. Espera-se que esta falta de um vereador a Isabel Soares, para aprovação democrática, das diversas matérias que obrigatoriamente passam pelo plenário da Câmara, não implique a contratação de uma eventual firma de advogados de Lisboa, para negociar, ora com Rosa Palma da CDU, ora com Mário Maximine; não cito Lisete Romão ou Fernando Serpa pois certamente que em quatro anos a senhora presidente já se habituou a negociar com qualquer dos dois: não se deve é esquecer que estamos em crise e que os advogados da nossa praça também têm direito a viver.
6. Em S. B. Messines os 753 votos para a Junta de Freguesia alcançados por Joaquim Gonçalves é o pior resultado do PIS e do PSD desde 1979.
CDU
1. Ao alcançar 3.193 votos a CDU igualou praticamente o resultado de
2005, como que para contrariar as minhas erradas previsões. Confirmou no entanto a minha opinião de que Rosa Palma não significava uma mais valia imediata para a coligação.
2. Mário Godinho, em Silves, que nas duas últimas eleições perdeu 300 votos em cada uma delas, venceu, mas perdeu também a maioria absoluta na “sua” Junta de Freguesia ao obter somente 2297 votos, aliás, a pior votação dos Comunistas na Junta de Freguesia de Silves desde 1979.
3. A grande alegria da CDU e ao mesmo tempo a maior surpresa destas eleições foi sem dúvida a sua grande vitória em S. B. Messines, para a Junta de Freguesia: João Carlos Correia com os seus 1597 votos faz recordar aos Messinensses e aos comunistas os bons velhos anos 80 do Zé da Raquel.
4. Saliente-se que, pela primeira vez, nestes trinta e cinco anos de eleições, a maior votação dos comunistas para a Câmara - 1323 votos – foi em Messines. Silves ficou-se pelos 1137 votos, a sua pior votação dos últimos 30 anos na Freguesia. Desta vez os votos não foram para o PIS/PSD mas sim para o PLR/PS.
BE
1. Com 1.006 votos ainda não foi desta que o BE e mais concretamente Carlos Cabrita logrou integrar o executivo da Câmara de Silves. Mesmo sem fazer qualquer extrapolação dos resultados das Legislativas confesso que esperava uma maior votação e assumo que também aqui errei nas minhas previsões.
2. O BE ainda conseguiu eleger o antigo Presidente da Junta de Alcantarilha do PSD – Orlando Gonçalves -, como independente, nessa mesma Junta.
3. Mas foi a eleição de Carlos David Marques pelo Be para a Junta de Freguesia de Silves que tem grande relevância pois desse modo fez Mário Godinho da CDU perder a maioria absoluta.
4. Desconhece-se qual vai ser o futuro político do BE em Silves e mais concretamente do seu líder Carlos Cabrita, o qual, ao não ser eleito para a Câmara e ao não integrar a lista para a Assembleia Municipal, onde teve papel de relevo durante os últimos 4 anos, fica de fora em tudo, até parece que foi uma coisa preparada. O lugar do BE na Assembleia, em princípio, vai ser ocupado por Filipe Bárbara, que regressa àquelas funções alguns anos depois, mas por outro partido.
PLR +PS
1. Ainda que a “coligação” se tivesse aproximado do resultado que o PS obteve para eleger José Viseu em 1989, que foram 5.831 votos, não foi suficiente pois só conseguiram agora 5.453.
2. Esta campanha e a candidata não trouxeram nenhuma mais valia ao Partido Socialista uma vez que uma sondagem elaborada, há mais ou menos um ano, dava ao PS uma percentagem de cerca de 34,80% e agora, mesmo com esta “coligação”, a percentagem obtida é apenas de 31,8%.
3. O “desconforto” deste resultado está bem patente nos rostos dos Socialistas e não só, e a observação de que a vitória estava ao seu alcance, com outro cabeça de lista, ouve-se agora por todo o Concelho. (deviam ter pensado bem e facilmente percebiam esse facto).
4. Esta derrota estendeu-se a Messines, onde foram derrotados pela CDU, para a Câmara e onde o Socialista José Vítor viu a Junta de Freguesia fugir-lhe das mãos, também para a CDU.
5. Em Armação de Pêra e como já tinha previsto, o Socialista Luís Ricardo vai ficar mais quatro anos a ver o Fernando Santiago a dormitar nas Assembleias, o que constitui também mais uma derrota para a “coligação”. Há quem diga que com José Casimiro as coisas podiam ter sido diferentes.
CONCLUSÃO
Quase chegado ao final da terceira folha A-4 creiam-me que não está fácil terminar a escrita atendendo às muitas interrogações que estes últimos tempos me colocam, como por exemplo as que aleatoriamente apresento:
a) Vai Isabel Soares aguentar os 4 anos do mandato?
b) Lisete Romão vai pedir a demissão da Concelhia do PS de Silves?
c) Rosa Palma é para continuar ou foi só uma experiência?
d) Acabou-se a política para Carlos Cabrita?
e) Carneiro Jacinto estará na luta daqui a dois ou a 4 anos?
f) Será Ricardo Matos o trunfo para as próximas ou na luta dentro do partido vai aparecer outro jovem a querer o mesmo?
g) O Eng.º Fernando Sequeira depois de ser o nº.2 de Lisete foi corrido e substituído por Fernando Serpa; mandou umas bocas e qual não foi o espanto (para mim) quando aparece nas listas de Lisete para a Assembleia; terá sido para não ficar de fora da corrida nas próximas?
h) Com o final de Isabel Soares daqui a 2 ou a 4 anos acaba-se o PIS ou estarão já a “fabricar” um sucessor da senhora que funcionará como o testa-de ferro do PIS embora com outra sigla?
i) Irá Isabel Soares daqui a 2 anos chefiar o Conselho de Administração da empresa privada de águas e saneamento que andam para aí a tramar, ou vai cuidar das netas e do neto?
j) Vai a professora Manuela Guerreiro aguentar o mandato todo, vai ser ela a bode-expiatório do mandato, ou vão dividir a vereação em dois períodos para contentar também Jorge Silva?
k) Filipe Barbara vai mesmo assumir o lugar na Assembleia Municipal pelo BE ou pelo facto de Carlos Cabrita não ter sido eleito vereador o amigo Filipe vai abdicar?
l) O caso Viga D’Ouro quando terá reinício? E chegará ao fim?
m) Porque teima Isabel Soares em dizer que o caso Viga D’Ouro está em segredo de justiça, se sabe que é mentira? Será porque se convenceu de que uma mentira dita muitas vezes se transforma em verdade?
n) Se a justiça não fosse uma treta em Portugal, apurar-se-ia em 5 minutos que Vítor Rocha e Carlos Sequeira não podem ser os bodes-expiatórios desta história; então e depois Isabel Soares teria que restituir ou não à Câmara o dinheiro gasto com os advogados que estão a defender a senhora e não o Município em tudo isto?
o) Terá algum fundamento dizer-se que se viesse uma inspecção, ou auditoria externa à contabilidade da Câmara Municipal de Silves, ia tudo dentro?
p) Terá fundamento dizer-se que foi o próprio governo PS que travou o processo Viga D’Ouro, porque se assustou quando Mendes Bota exigiu nas rádios a intervenção da PJ e do MP na Câmara de Portimão, quando este caso estava ao rubro e quando dizem que haviam já dois mandatos de detenção para Silves?
Cheguei ao fim da 4ª folha A4 e espero que compreendam que embora não consiga apresentar todas as interrogações que ainda me assaltam o espírito, tenho mesmo de terminar, até para não ser muito mais maçador.
UM ELEITOR
9 de outubro de 2009
MINHA ÚLTIMA REFLEXÃO
No mundo civilizado que é tão pequeno como o nosso Concelho, vota-se naqueles em que se acredita. Em Silves, também se vota pelas mais diversas razões, menos pelo motivo que atrás se apontou. À semelhança do que acontece na generalidade do País, este é o defeito de um Concelho que não se habituou ainda a distinguir entre conveniência e convicção. A quantos conveio a gestão Comunista e Socialista? Não foi tão grande como isso a diferença, basta atentar nas várias votações Autárquicas do PS e da CDU. E, a quantos conveio e convém uma gestão PSD e PIS? Bem, se foi e é para gerir a Câmara e o Concelho como tem feito até aqui então, não são necessárias mais palavras pois os resultados estão à vista.
Dizia-nos Isabel Soares, antes de 1997, embora por outras palavras, que precisávamos de acreditar mais intensamente, que nos fazia falta uma fé mais firme mais profunda e circunscrita. Fé no Concelho de Silves e no que se propunha fazer. Porém, passados quase 12 anos, o que agora e antes de mais nada necessitamos é de nos desenganarmos, de nos desiludirmos. O que mais nos aflige não é o que não fizemos e não fizeram no Concelho de Silves, mas sim no que não substituímos no Concelho de Silves. Padecemos, primordialmente, não por causa dos vícios dos nossos governantes, das suas fraquezas ou incompatibilidades. Tolhem-nos, não as realidades tristes que existem na nossa Câmara e no nosso Concelho, mas aquelas imagens que colocámos no lugar das realidades.
Silves e a sua Câmara continua tornado num Concelho confuso e promíscuo em que quase nada choca ou surpreende sequer, em que nem sequer se respeitam as aparências. Tal como em muitos outros lugares a política e os princípios carecem de utilidade para os fins eleitorais, só que nesses muitos outros lugares os resultados são bem diferentes dos alcançados entre nós. As coisas não andavam nem andam. E tendem a piorar porque os programas e políticas que tínhamos, que agora temos, ou que nunca tivemos não dão rendimento.
Silves e o seu Concelho está como está, não porque o seu povo tenha fracassado, mas sim porque os seus leaders falharam.
Aquilo de que Silves precisa é de leaders que possam comparar-se com a grandeza do seu povo.
UM ELEITOR
Dizia-nos Isabel Soares, antes de 1997, embora por outras palavras, que precisávamos de acreditar mais intensamente, que nos fazia falta uma fé mais firme mais profunda e circunscrita. Fé no Concelho de Silves e no que se propunha fazer. Porém, passados quase 12 anos, o que agora e antes de mais nada necessitamos é de nos desenganarmos, de nos desiludirmos. O que mais nos aflige não é o que não fizemos e não fizeram no Concelho de Silves, mas sim no que não substituímos no Concelho de Silves. Padecemos, primordialmente, não por causa dos vícios dos nossos governantes, das suas fraquezas ou incompatibilidades. Tolhem-nos, não as realidades tristes que existem na nossa Câmara e no nosso Concelho, mas aquelas imagens que colocámos no lugar das realidades.
Silves e a sua Câmara continua tornado num Concelho confuso e promíscuo em que quase nada choca ou surpreende sequer, em que nem sequer se respeitam as aparências. Tal como em muitos outros lugares a política e os princípios carecem de utilidade para os fins eleitorais, só que nesses muitos outros lugares os resultados são bem diferentes dos alcançados entre nós. As coisas não andavam nem andam. E tendem a piorar porque os programas e políticas que tínhamos, que agora temos, ou que nunca tivemos não dão rendimento.
Silves e o seu Concelho está como está, não porque o seu povo tenha fracassado, mas sim porque os seus leaders falharam.
Aquilo de que Silves precisa é de leaders que possam comparar-se com a grandeza do seu povo.
UM ELEITOR
7 de outubro de 2009
PENÚLTIMA REFLEXÃO
Quando estamos a poucos dias das eleições autárquicas, quero ainda deixar aqui algumas notas. Digamos que é a minha penúltima reflexão sobre o acto do próximo Domingo.
Sobre os candidatos algumas frases:
ROSA PALMA da CDU
Sobre os candidatos algumas frases:
ROSA PALMA da CDU
“Há homens e mulheres que são como as velas; sacrificam-se para dar luz aos outros”. (Padre António Vieira).
LISETE ROMÃO do PLR
LISETE ROMÃO do PLR
“Não há absolutamente ninguém que faça um sacrifício sem esperar compensação. É tudo uma questão de mercado”, disse certo dia “Cesare Pavese”.
Sobre a sua entrevista na Rádio Algarve FM e a suas palavras de que vai ser a próxima Presidente da Câmara de Silves diria “Georges Clemenceau” – “Não perturbemos o homem ou mulher que substituiu a vida por um sonho”. E “André Chamson acrescentaria – “Pode misturar-se a esperança e o desespero até já não se distinguirem um do outro”.
Sobre a sua teimosia em querer ser Presidente diria “Laurence Sterne” – “Chama-se perseverança quando é por uma boa causa, obstinação quando é por uma causa ruim”.
CARLOS CABRITA do BE
Sobre a sua entrevista na Rádio Algarve FM e a suas palavras de que vai ser a próxima Presidente da Câmara de Silves diria “Georges Clemenceau” – “Não perturbemos o homem ou mulher que substituiu a vida por um sonho”. E “André Chamson acrescentaria – “Pode misturar-se a esperança e o desespero até já não se distinguirem um do outro”.
Sobre a sua teimosia em querer ser Presidente diria “Laurence Sterne” – “Chama-se perseverança quando é por uma boa causa, obstinação quando é por uma causa ruim”.
CARLOS CABRITA do BE
“Para atingir o ponto mais alto, tem de se começar pelo mais baixo”, como disse um dia “Siro”.
Já “Walter Scott” escreveu – “Para o êxito, a atitude é tão importante como a capacidade”.
ISABEL SOARES do PIS
Já “Walter Scott” escreveu – “Para o êxito, a atitude é tão importante como a capacidade”.
ISABEL SOARES do PIS
Sobre a Obra Feita que apregoa diria “Séneca” - “Que se cale aquele que fez um benefício. Que o divulgue aquele que o recebeu”. Acrescentaria aqui “Balzac” – “Deve-se deixar a vaidade aos que não têm outra coisa para exibir”.
Sobre as suas palavras de que a Câmara nunca esteve tão bem e de que as contas da Câmara estão agora em ordem diria “Bismarck” – “Nunca se mente tanto como em vésperas de eleições, durante a guerra e depois da caça”. O Padre António Vieira diria também – “Para não mentir, não é necessário ser santo, basta ser honrado, porque não há coisa mais afrontosa, nem que maior horror faça a quem tem honra, que o mentir”. Ainda a propósito diria “Henri Régnier” – “As mulheres mentem bem porque, ao mentirem, quase se convencem de que estão a dizer a verdade”.
Sobre a popularidade da senhora diria “Óscar Wilde” – “Para se ser popular é preciso ser-se uma mediocridade”.
PROGRAMAS
O eleitor desconfia da maior parte dos programas; não apanha pormenores; e a motivação política de muitas afirmações provoca, geralmente, a sua irritação. O interesse dos programas não está nos pormenores, mas sim nas directrizes, nos potenciais e, novamente, nas prioridades. Realismo quanto ao que deve fazer-se, análise inteligente no que diz respeito a como devemos mover-nos e porquê, e confiança em que será feito quanto seja indispensável fazer-se.
Consciente ou inconscientemente, sabem os candidatos e sabem os eleitores que no Concelho de Silves a matéria-prima está disponível. Existem ideias, dados, técnicos. O que faz falta é um liderato que forje os materiais conseguir que a máquina criadora da vida silvense actue para empurrar o concelho para a frente. Porém, não existe uma máquina económica. Os recursos concelhios não abundam.
Em relação a tudo isto e olhando para os Programas que os candidatos apresentam para o concelho, tenho que afirmar que não têm o suficiente impacto potencial para justificar uma consideração séria.
Todos dizem, prometem, fazer tudo e mais alguma coisa. Mas fazer com que dinheiro?
Como que a gozar com tudo isto e com todos, até o capítulo de “Actividade Económica” do deplian de apresentação do programa de Isabel Soares está repetido.
ENTREVISTAS NA RÁDIO
Antes do mais quero salientar a inocência, a falta de ratice política dos candidatos que embarcaram nesta de entrevistas, todos de seguida, na rádio, sem um prévio sorteio. Resultado ...Isabel Soares, logicamente, foi entrevistada em último lugar.
As entrevistas aos candidatos à presidência da Câmara, nem merecem comentários. Como se esperava, não vieram trazer nada de novo. Repetiu-se a história da montanha a parir um rato. Penso também que tudo já estava mais que decidido há bastante tempo e que estas entrevistas mais não são que cumprir o protocolo das campanhas.
A única novidade, que para mim foi a confirmação do que saliento na frase acima, residiu na presença de Rosa Palma. Carlos Cabrita e Lisete Romão ainda que mais desenvoltos que em 2005, estiveram iguais a si próprios. Isabel Soares, a presidente, que sabe ir continuar como tal (pelo menos nos próximos 2 anos), debitou o que lhe apeteceu sobre os vários temas que lhe foram apresentados e a mais não era obrigada, face aos candidatos opositores, os quais se percebe não lhe provocarem qualquer desconforto, para não dizer outras coisas.
As entrevistas-debate entre os candidatos a cada uma das Juntas de Freguesia, como tem sido habitual, foi mais do mesmo. Salvo raras excepções, ressalta a falta de preparação e o desconhecimento das realidades de cada uma das freguesias, por parte dos novos candidatos, em contraste com os actuais Presidentes. Digamos que os partidos apresentam os seus candidatos, “só porque têm de fazê-lo”. E, não fôra Armação de Pêra onde o “pachorrento” Fernando Santiago atravessou alguma dificuldade no confronto com Luís Ricardo, o que lhe poderá valer a reeleição; em S. B. Messines, em que nem a arrogância, nem a sua voz de rico do Comandante dos Bombeiros (não é o bombeiro, como um dia salientou) conseguiram abanar as orelhas do determinado José Vítor que vai certamente continuar no seu posto; e o debate de Silves onde Mário Godinho “passeou a sua classe” frente a um pretenso snob chamado João Lourenço e frente ao miúdo Luís “Banheiras”, tudo o mais é para esquecer, com a reeleição dos actuais detentores dos cargos.
Um Eleitor
Sobre as suas palavras de que a Câmara nunca esteve tão bem e de que as contas da Câmara estão agora em ordem diria “Bismarck” – “Nunca se mente tanto como em vésperas de eleições, durante a guerra e depois da caça”. O Padre António Vieira diria também – “Para não mentir, não é necessário ser santo, basta ser honrado, porque não há coisa mais afrontosa, nem que maior horror faça a quem tem honra, que o mentir”. Ainda a propósito diria “Henri Régnier” – “As mulheres mentem bem porque, ao mentirem, quase se convencem de que estão a dizer a verdade”.
Sobre a popularidade da senhora diria “Óscar Wilde” – “Para se ser popular é preciso ser-se uma mediocridade”.
PROGRAMAS
O eleitor desconfia da maior parte dos programas; não apanha pormenores; e a motivação política de muitas afirmações provoca, geralmente, a sua irritação. O interesse dos programas não está nos pormenores, mas sim nas directrizes, nos potenciais e, novamente, nas prioridades. Realismo quanto ao que deve fazer-se, análise inteligente no que diz respeito a como devemos mover-nos e porquê, e confiança em que será feito quanto seja indispensável fazer-se.
Consciente ou inconscientemente, sabem os candidatos e sabem os eleitores que no Concelho de Silves a matéria-prima está disponível. Existem ideias, dados, técnicos. O que faz falta é um liderato que forje os materiais conseguir que a máquina criadora da vida silvense actue para empurrar o concelho para a frente. Porém, não existe uma máquina económica. Os recursos concelhios não abundam.
Em relação a tudo isto e olhando para os Programas que os candidatos apresentam para o concelho, tenho que afirmar que não têm o suficiente impacto potencial para justificar uma consideração séria.
Todos dizem, prometem, fazer tudo e mais alguma coisa. Mas fazer com que dinheiro?
Como que a gozar com tudo isto e com todos, até o capítulo de “Actividade Económica” do deplian de apresentação do programa de Isabel Soares está repetido.
ENTREVISTAS NA RÁDIO
Antes do mais quero salientar a inocência, a falta de ratice política dos candidatos que embarcaram nesta de entrevistas, todos de seguida, na rádio, sem um prévio sorteio. Resultado ...Isabel Soares, logicamente, foi entrevistada em último lugar.
As entrevistas aos candidatos à presidência da Câmara, nem merecem comentários. Como se esperava, não vieram trazer nada de novo. Repetiu-se a história da montanha a parir um rato. Penso também que tudo já estava mais que decidido há bastante tempo e que estas entrevistas mais não são que cumprir o protocolo das campanhas.
A única novidade, que para mim foi a confirmação do que saliento na frase acima, residiu na presença de Rosa Palma. Carlos Cabrita e Lisete Romão ainda que mais desenvoltos que em 2005, estiveram iguais a si próprios. Isabel Soares, a presidente, que sabe ir continuar como tal (pelo menos nos próximos 2 anos), debitou o que lhe apeteceu sobre os vários temas que lhe foram apresentados e a mais não era obrigada, face aos candidatos opositores, os quais se percebe não lhe provocarem qualquer desconforto, para não dizer outras coisas.
As entrevistas-debate entre os candidatos a cada uma das Juntas de Freguesia, como tem sido habitual, foi mais do mesmo. Salvo raras excepções, ressalta a falta de preparação e o desconhecimento das realidades de cada uma das freguesias, por parte dos novos candidatos, em contraste com os actuais Presidentes. Digamos que os partidos apresentam os seus candidatos, “só porque têm de fazê-lo”. E, não fôra Armação de Pêra onde o “pachorrento” Fernando Santiago atravessou alguma dificuldade no confronto com Luís Ricardo, o que lhe poderá valer a reeleição; em S. B. Messines, em que nem a arrogância, nem a sua voz de rico do Comandante dos Bombeiros (não é o bombeiro, como um dia salientou) conseguiram abanar as orelhas do determinado José Vítor que vai certamente continuar no seu posto; e o debate de Silves onde Mário Godinho “passeou a sua classe” frente a um pretenso snob chamado João Lourenço e frente ao miúdo Luís “Banheiras”, tudo o mais é para esquecer, com a reeleição dos actuais detentores dos cargos.
Um Eleitor
1 de outubro de 2009
VIGA D'OURO - A RESPONSABILIDADE E A CULPA
Embora tivesse já tido vontade, por várias vezes, de abordar este tema apelidado de “Caso Viga D’Ouro”, razões da mais diversa natureza aconselharam-me a aguardar pela “oportunidade” de o fazer até porque, como disse e muito bem NIETZSCHE –“Quando por acaso a verdade conseguiu vencer, perguntai a vós próprios com uma forte desconfiança; “Que poderoso erro se bateu por ela?”.
Hoje, quando constato haver pessoas “e interesses” em trazer à baila o assunto, chega-me às mãos um bem elaborado texto versando o tema “a responsabilidade e a culpa”, o qual, após fazer ligeiríssimas adaptações, excepcionalmente, apresento-o aos Silvenses para reflexão.
Em Portugal confunde-se a responsabilidade com a culpa. A primeira é vaga e impessoal, a segunda costuma morrer solteira. O que se passou (e passa) na Câmara Municipal de Silves com o caso Viga D’Ouro por evidentes más práticas é paradigmático. Sabemos que errar é humano e sabemos que o erro não tem as mesmas consequências, uma das formas de avaliar a sua gravidade. Na gestão da coisa pública, todos os erros são graves e por isso mesmo devem absolutamente ser evitados. Para isso servem os procedimentos, os protocolos, as normas de controlo. Uma Câmara é como uma complexa linha de produção e para todos os actos praticados, concorrem diversos técnicos de diferentes serviços cujas competências e atribuições estão, à partida, perfeitamente definidas, e em cada segmento dessa linha de produção devem existir mecanismos seguros de verificação dos procedimentos obrigatórios.
Assim, quando um erro é cometido, pode-se inferir que a culpa (negligência, má prática, o que seja) é de um determinado serviço, mas a responsabilidade é da Câmara, que não é um mero edifício, mas uma organização com uma natureza jurídica própria que responde, no seu conjunto, pelos serviços que presta e os actos que pratica. É por isso mesmo que uma Câmara tem uma cadeia de comando, hierarquias que definem não apenas os níveis de responsabilidade como um modelo orgânico teoricamente adequado à melhor complementaridade das múltiplas funções e dos inúmeros actos que concorrem para o resultado final.
Posto isto, seria legítimo esperar que desde o primeiro momento o executivo camarário tivesse vindo a público assumir a responsabilidade do ocorrido, face aos funcionários, às forças políticas do concelho e à opinião pública, independentemente de se accionarem todos os procedimentos necessários, internos e externos, para o apuramento dos factos. Assumir responsabilidades é a parte mais incómoda do estatuto de quem manda, mas convém não esquecer que os lugares de topo só existem porque é preciso identificar fora e dentro da instituição quem a representa e quem são os seus responsáveis máximos.
O que vimos, estupefactos, ou talvez não, foi precisamente o contrário: uma novela com todos os condimentos, um passar de culpas, um pacote permanentemente sacudido. Algo gravíssimo porque uma Câmara Municipal deve assentar na confiança.
Mais preocupante é o facto de até agora, e a propósito desta tristíssima ocorrência, tudo parecer estar na mesma, ainda que se saiba que o caso está nas mãos do Senhor Procurador Geral da República.
A terminar um único pensamento sobre o comportamento do executivo camarário em todo este caso:
CONFÚCIO
“O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos outros”.
Hoje, quando constato haver pessoas “e interesses” em trazer à baila o assunto, chega-me às mãos um bem elaborado texto versando o tema “a responsabilidade e a culpa”, o qual, após fazer ligeiríssimas adaptações, excepcionalmente, apresento-o aos Silvenses para reflexão.
Em Portugal confunde-se a responsabilidade com a culpa. A primeira é vaga e impessoal, a segunda costuma morrer solteira. O que se passou (e passa) na Câmara Municipal de Silves com o caso Viga D’Ouro por evidentes más práticas é paradigmático. Sabemos que errar é humano e sabemos que o erro não tem as mesmas consequências, uma das formas de avaliar a sua gravidade. Na gestão da coisa pública, todos os erros são graves e por isso mesmo devem absolutamente ser evitados. Para isso servem os procedimentos, os protocolos, as normas de controlo. Uma Câmara é como uma complexa linha de produção e para todos os actos praticados, concorrem diversos técnicos de diferentes serviços cujas competências e atribuições estão, à partida, perfeitamente definidas, e em cada segmento dessa linha de produção devem existir mecanismos seguros de verificação dos procedimentos obrigatórios.
Assim, quando um erro é cometido, pode-se inferir que a culpa (negligência, má prática, o que seja) é de um determinado serviço, mas a responsabilidade é da Câmara, que não é um mero edifício, mas uma organização com uma natureza jurídica própria que responde, no seu conjunto, pelos serviços que presta e os actos que pratica. É por isso mesmo que uma Câmara tem uma cadeia de comando, hierarquias que definem não apenas os níveis de responsabilidade como um modelo orgânico teoricamente adequado à melhor complementaridade das múltiplas funções e dos inúmeros actos que concorrem para o resultado final.
Posto isto, seria legítimo esperar que desde o primeiro momento o executivo camarário tivesse vindo a público assumir a responsabilidade do ocorrido, face aos funcionários, às forças políticas do concelho e à opinião pública, independentemente de se accionarem todos os procedimentos necessários, internos e externos, para o apuramento dos factos. Assumir responsabilidades é a parte mais incómoda do estatuto de quem manda, mas convém não esquecer que os lugares de topo só existem porque é preciso identificar fora e dentro da instituição quem a representa e quem são os seus responsáveis máximos.
O que vimos, estupefactos, ou talvez não, foi precisamente o contrário: uma novela com todos os condimentos, um passar de culpas, um pacote permanentemente sacudido. Algo gravíssimo porque uma Câmara Municipal deve assentar na confiança.
Mais preocupante é o facto de até agora, e a propósito desta tristíssima ocorrência, tudo parecer estar na mesma, ainda que se saiba que o caso está nas mãos do Senhor Procurador Geral da República.
A terminar um único pensamento sobre o comportamento do executivo camarário em todo este caso:
CONFÚCIO
“O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos outros”.
28 de setembro de 2009
VITÓRIA DE PIRRO?
“O Partido Socialista obteve uma esmagadora vitória nas eleições legislativas no Concelho de Silves, obtendo mais 1.095 votos que o partido que rege os actuais destinos da Câmara de Silves”.
Estas são as palavras que lemos no blogue da Dra. Lisete Romão.
Recordo, entretanto, o que Eléonore Duse escreveu sobre a “ilusão”:
“O grande perigo que corremos, iludindo os outros, é que acabamos por nos iludirmos”.
RESULTADOS DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS/2009 NO CONCELHO DE SILVES
PS – 5.160 votos – 30,28%
PSD – 4.065 votos – 23,85%
BE - 2.670 votos - 15,67%
CDU –2.034 votos - 11,93%
CDS -1.574 votos - 9,24%
RESULTADOS DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS/2005 NO CONCELHO DE SILVES
PS - 8.804 - 51,35%
PSD - 3.675 - 21,44%
CDU - 1.719 - 10,03%
BE - 1.098 - 6,40%
CDS - 807 - 4,71%
Quando confrontamos os quadros das duas eleições constata-se que:
1. O Partido Socialista perdeu 3.644 votos.
2. Todos os outros partidos aumentaram a sua votação.
3. O Bloco de Esquerda passa a ser a terceira força no Concelho.
RESULTADOS DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS NAS FREGUESIAS
ALCANTARILHA
2005 2009
PS - 596 - 54,13% PS - 385 - 35,39%
PSD - 241 - 21,89% PSD - 275 - 25,28%
CDU - 73 - 6,63% BE - 151 - 13,88%
CDS - 64 - 5,81% CDS - 113 - 10,09%
BE - 60 - 5,45% CDU - 81 - 7,44%
____________________________________________________________
ALGOZ
2005 2009
PS - 745 - 50,78% PS - 490 - 30,66%
PSD - 370 - 25,22% PSD - 448 - 28,04%
CDS - 80 - 5,45% BE - 248 - 15,52%
BE - 77 - 5,25% CDS - 145 - 9,07%
CDU - 76 - 5,18% CDU - 97 - 6,07%
____________________________________________________________
ARMAÇÃO DE PERA
2005 2009
PS - 857 - 45,66% PS - 653 - 33,45%
PSD - 557 - 29,68% PSD - 604 - 30,94%
CDS - 128 - 6,82% BE - 259 - 13,27%
BE - 124 - 6,61% CDS - 214 - 10,96%
CDU - 92 - 4,90 CDU - 108 - 5,53%
____________________________________________________________
PERA
2005 2009
PS - 440 - 46,41% PSD - 296 - 29,51%
PSD - 257 - 27,11% PS - 295 - 29,41%
CDU - 80 - 8,44% BE - 135 - 13,46%
BE - 58 - 6,12% CDU - 98 - 9,77%
CDS - 57 - 6,01% CDS - 92 - 9,17%
____________________________________________________________
S. B. MESSINES
2005 2009
PS - 2426 - 55,41% PS - 1247 - 29,93%
PSD - 885 - 20,21% PSD - 925 - 22,20%
CDU - 395 - 9,02% BE - 626 - 15,02%
BE - 237 - 5,41% CDU - 539 - 12,93%
CDS - 180 - 4,11% CDS - 413 - 9,91%
S. M. SERRA
2005 2009
PS - 490 - 58,75% PS - 251 - 31,34%
PSD - 148 - 17,75% PSD - 176 - 21,97%
CDU - 79 - 9,47% CDU - 138 - 17,23%
BE - 29 - 3,48% BE - 71 - 8,86%
CDS - 26 - 3,12% CDS - 53 - 6,62%
SILVES
2005 2009
PS - 2765 - 49,46% PS - 1473 - 27,38%
PSD - 1013 - 18,12% PSD - 1098 - 20,41%
CDU - 837 - 14,97% BE - 1007 - 18,72%
BE - 438 - 7,84% CDU - 882 - 16,39%
CDS - 233 - 4,17% CDS - 445 - 8,27%
____________________________________________________________
TUNES
2005 2009
PS - 485 - 51,11% PS - 336 - 34,72%
PSD - 204 - 21,50% PSD - 243 - 23,06%
CDU - 87 - 9,17% BE - 173 - 16,41%
BE - 75 - 7,90% CDS - 99 - 9,39%
CDS - 39 - 4,11% CDU - 91 - 8,63%
Ao olharmos com atenção para os resultados das Juntas de Freguesia constata-se o seguinte:
1. O PSD só vence na Freguesia de Pêra;
2. Em Armação de Pêra e Messines, freguesias onde o descontentamento parece ser maior, o PSD aumentou a sua votação, a despeito do PIS de Isabel Soares ter andado “a borrar a opa”, no badalado apoio de praia e no convite por telefone ao seu vereador José Manuel Alves, para integrar a sua lista …em quinto lugar.
Logo após as Eleições Europeias escrevi no Post – Em Silves um Protesto sem Mudança –: “Não é líquido que se possa atribuir aos laranjas qualquer vitória, enquanto não se conseguir definir se foi um protesto ou uma vontade de mudança do povo português e isso só nas legislativas ficará claro”. Como se pode hoje verificar ficou inequivocamente definido que o povo português não quis a mudança assim com reafirmou o seu protesto ao Partido Socialista.
Disse também nessa altura que era uma estupidez os laranjas fazerem extrapolações dos resultados das eleições europeias, para as legislativas e ainda muito menos para as autárquicas.
Digo precisamente o mesmo aos Socialistas que fazem agora a extrapolação destes resultados para as autárquicas.
Chamo a atenção que no passado Domingo os Silvenses votaram no Partido Socialista e em 11 de Outubro vão votar no PLR – Partido de Lisete Romão - o que, decididamente, não é a mesma coisa.
Chamo também a atenção que no passado Domingo os Silvenses votaram no PSD/PPD e em 11 de Outubro vão votar no PIS – Partido de Isabel Soares – o que, decididamente, é substancialmente diferente.
Um Eleitor
PS - 485 - 51,11% PS - 336 - 34,72%
PSD - 204 - 21,50% PSD - 243 - 23,06%
CDU - 87 - 9,17% BE - 173 - 16,41%
BE - 75 - 7,90% CDS - 99 - 9,39%
CDS - 39 - 4,11% CDU - 91 - 8,63%
Ao olharmos com atenção para os resultados das Juntas de Freguesia constata-se o seguinte:
1. O PSD só vence na Freguesia de Pêra;
2. Em Armação de Pêra e Messines, freguesias onde o descontentamento parece ser maior, o PSD aumentou a sua votação, a despeito do PIS de Isabel Soares ter andado “a borrar a opa”, no badalado apoio de praia e no convite por telefone ao seu vereador José Manuel Alves, para integrar a sua lista …em quinto lugar.
Logo após as Eleições Europeias escrevi no Post – Em Silves um Protesto sem Mudança –: “Não é líquido que se possa atribuir aos laranjas qualquer vitória, enquanto não se conseguir definir se foi um protesto ou uma vontade de mudança do povo português e isso só nas legislativas ficará claro”. Como se pode hoje verificar ficou inequivocamente definido que o povo português não quis a mudança assim com reafirmou o seu protesto ao Partido Socialista.
Disse também nessa altura que era uma estupidez os laranjas fazerem extrapolações dos resultados das eleições europeias, para as legislativas e ainda muito menos para as autárquicas.
Digo precisamente o mesmo aos Socialistas que fazem agora a extrapolação destes resultados para as autárquicas.
Chamo a atenção que no passado Domingo os Silvenses votaram no Partido Socialista e em 11 de Outubro vão votar no PLR – Partido de Lisete Romão - o que, decididamente, não é a mesma coisa.
Chamo também a atenção que no passado Domingo os Silvenses votaram no PSD/PPD e em 11 de Outubro vão votar no PIS – Partido de Isabel Soares – o que, decididamente, é substancialmente diferente.
Um Eleitor
7 de setembro de 2009
AS OPÇÕES E AS DÚVIDAS
“Onde há muito em que eleger não pode haver pouco sobre que duvidar”
(Padre António Vieira)
Falta pouco mais de um mês para que os eleitores decidam com o seu voto nas urnas, quem querem ver à frente dos destinos do nosso Concelho.
Em Silves também se votou em 14 de Dezembro de 1997.
Votávamos por um de dois homens e uma mulher de meia idade, cada um com a sua própria bagagem de gestos, de crenças, de qualidades e de fraquezas. E a nenhum deles fazíamos qualquer favor ao votar nele ou nela. Era até, um acto cheio de dificuldades.
Contudo, a nossa eleição não era muito difícil. Não existiam outras opções.
Votávamos por José Viola – o Presidente em exercício – que mais uma vez parecia não ter sabido tirar os dividendos dos seus anos no exercício de cargos políticos, que era como que o Presidente que tinha vindo do “exílio” e que todos esperariam que esse vital repouso – quase esquecido – do ritmo da vida política, o tinham cristalizado num amadurecimento de juízo de que este concelho necessitava desesperadamente, mas que tinha frustrado as expectativas de todos?
Ou, votávamos em Isabel Soares porque, durante os últimos anos tínhamos presenciado uma invasão de programas e recolhíamos desses programas uma feia colheita de decepções e fracassos por todo o concelho e Isabel Soares parecia dizer que os seus adversários só nos ofereciam mais programas? E ela no entanto afirmava, que eles iam pelo caminho errado e que estávamos a tempo de suspender o derramar de milhões de contos em programas que fracassaram?
Elegíamos José Viola ou Isabel Soares convictos de que o concelho de Silves não devia esperar por um caminho de rosas a partir de 14 de Dezembro. Os próximos 4 anos iriam pôr à prova a confiança do concelho nos seus próprios destinos, com maior intensidade que em qualquer outro período da sua história.
Dia 14 de Dezembro, o alarido, as alegações, as ameaças e os impropérios apagaram-se. Reinou a maior calma num comício eleitoral. E ninguém ajudou o eleitor a tomar a sua decisão. Deste modo – precisamente naquele mesmo instante – deveria compreender aquilo que teria de fazer durante quatro anos, mil vezes por dia, o homem ou a mulher por quem o eleitor votaria. E nesse momento, tocou ao eleitor decidir. A sua decisão, como se toda a gente dependesse disso foi por Isabel Soares – 6.604 votos.
…E agora?
A escolha em 1997 não era difícil, até porque não haviam outras opções. E que opções haviam em 2001 e 2005? E que opções existem em 2009, diferentes das que se apresentaram ao eleitorado nos últimos 12 anos?
À excepção da estreante Rosa Palma, candidata da CDU, os demais concorrentes Carlos Cabrita e Lisete Romão repetem a aventura de 2005 e Isabel Soares vai a votos pela 5ª. vez. Há porventura dúvidas de que as opções, mais uma vez, não existem?
(Padre António Vieira)
Falta pouco mais de um mês para que os eleitores decidam com o seu voto nas urnas, quem querem ver à frente dos destinos do nosso Concelho.
Em Silves também se votou em 14 de Dezembro de 1997.
Votávamos por um de dois homens e uma mulher de meia idade, cada um com a sua própria bagagem de gestos, de crenças, de qualidades e de fraquezas. E a nenhum deles fazíamos qualquer favor ao votar nele ou nela. Era até, um acto cheio de dificuldades.
Contudo, a nossa eleição não era muito difícil. Não existiam outras opções.
Votávamos por José Viola – o Presidente em exercício – que mais uma vez parecia não ter sabido tirar os dividendos dos seus anos no exercício de cargos políticos, que era como que o Presidente que tinha vindo do “exílio” e que todos esperariam que esse vital repouso – quase esquecido – do ritmo da vida política, o tinham cristalizado num amadurecimento de juízo de que este concelho necessitava desesperadamente, mas que tinha frustrado as expectativas de todos?
Ou, votávamos em Isabel Soares porque, durante os últimos anos tínhamos presenciado uma invasão de programas e recolhíamos desses programas uma feia colheita de decepções e fracassos por todo o concelho e Isabel Soares parecia dizer que os seus adversários só nos ofereciam mais programas? E ela no entanto afirmava, que eles iam pelo caminho errado e que estávamos a tempo de suspender o derramar de milhões de contos em programas que fracassaram?
Elegíamos José Viola ou Isabel Soares convictos de que o concelho de Silves não devia esperar por um caminho de rosas a partir de 14 de Dezembro. Os próximos 4 anos iriam pôr à prova a confiança do concelho nos seus próprios destinos, com maior intensidade que em qualquer outro período da sua história.
Dia 14 de Dezembro, o alarido, as alegações, as ameaças e os impropérios apagaram-se. Reinou a maior calma num comício eleitoral. E ninguém ajudou o eleitor a tomar a sua decisão. Deste modo – precisamente naquele mesmo instante – deveria compreender aquilo que teria de fazer durante quatro anos, mil vezes por dia, o homem ou a mulher por quem o eleitor votaria. E nesse momento, tocou ao eleitor decidir. A sua decisão, como se toda a gente dependesse disso foi por Isabel Soares – 6.604 votos.
…E agora?
A escolha em 1997 não era difícil, até porque não haviam outras opções. E que opções haviam em 2001 e 2005? E que opções existem em 2009, diferentes das que se apresentaram ao eleitorado nos últimos 12 anos?
À excepção da estreante Rosa Palma, candidata da CDU, os demais concorrentes Carlos Cabrita e Lisete Romão repetem a aventura de 2005 e Isabel Soares vai a votos pela 5ª. vez. Há porventura dúvidas de que as opções, mais uma vez, não existem?
Perante um quadro desta natureza, para quem percebe as reais intenções políticas de Isabel Soares ou de Lisete Romão, não terá certamente qualquer dúvida de que nem uma nem outra merecem a confiança dos Silvenses.
Quem tem memória e conhece a realidade do Concelho, não tem dúvidas de que com “Cravos” ou com “Rosas” os Comunistas, jamais voltarão ao poder em Silves, terão até muita sorte se conseguirem manter um lugar na vereação.
Ninguém terá dúvidas da seriedade do Eng.º Carlos Cabrita e da honestidade das suas propostas ao concorrer mais uma vez às eleições em Silves e, a adesão de ex-autarcas de outros partidos às suas listas tem mais significado do que parece; há quem diga até que a sua lista é o início ou o prenúncio de uma real candidatura unitária de esquerda. Assim sendo, parece que ninguém terá já qualquer dúvida de que embora em representação do BE, ou também por esse facto, Carlos Cabrita vai mesmo ser eleito como vereador da Câmara de Silves.
Um eleitor
Um eleitor
31 de agosto de 2009
PIS versus PLR - QUEM VIVE DE ESPERANÇAS MORRE EM JEJUM
Já escrevi aqui que nas eleições autárquicas a personalização das mesmas na pessoa candidata a presidente retira praticamente o interesse do eleitor na lista que será apresentada a sufrágio; todavia, em Silves, este ano, havia alguma curiosidade, pelo menos no seio da camada mais politizada do concelho, em saber quais as novidades que os dois maiores partidos concorrentes (o PIS – Partido de Isabel Soares e o PLR – Partido de Lisete Romão) iriam apresentar de forma a, pelo menos, não termos mais do mesmo, passados quatro anos.
Como se veio a constatar pelas listas apresentadas, a única diferença é que, mais uma vez, a dita cuja é a mesma e somente algumas moscas foram substituídas por mosquitos.
Portanto, quando são já do conhecimento de todos, as listas dos principais concorrentes às eleições autárquicas do Concelho de Silves, em 11 de Outubro próximo, é tempo de deixar aqui mais algumas palavras, que valem o que valem, sobre o ansiado momento do Outono que se segue.
Antes do mais quero fazer notar que pela primeira vez escrevo PLR – Partido de Lisete Romão, pois à semelhança do que acontece com o PIS de Isabel Soares, são ambos projectos pessoais e não partidários. O PIS já está há muito explicado, entendido e assumido pelos munícipes silvenses como tal; o PLR de Lisete Romão só faltava assumir-se ele próprio e embora tardiamente fê-lo e de forma bem explícita, se não, vejamos:
Discurso de Apresentação de Lisete Romão
Como se veio a constatar pelas listas apresentadas, a única diferença é que, mais uma vez, a dita cuja é a mesma e somente algumas moscas foram substituídas por mosquitos.
Portanto, quando são já do conhecimento de todos, as listas dos principais concorrentes às eleições autárquicas do Concelho de Silves, em 11 de Outubro próximo, é tempo de deixar aqui mais algumas palavras, que valem o que valem, sobre o ansiado momento do Outono que se segue.
Antes do mais quero fazer notar que pela primeira vez escrevo PLR – Partido de Lisete Romão, pois à semelhança do que acontece com o PIS de Isabel Soares, são ambos projectos pessoais e não partidários. O PIS já está há muito explicado, entendido e assumido pelos munícipes silvenses como tal; o PLR de Lisete Romão só faltava assumir-se ele próprio e embora tardiamente fê-lo e de forma bem explícita, se não, vejamos:
Discurso de Apresentação de Lisete Romão
. Sei que sou capaz…
. Tenho experiência política…
. Quero dignificar a Câmara…
. É minha intenção…
. Pretendo prestigiar a Câmara…
. Irei advogar a autonomia profissinal…
. Vou desburocratizar…
. Quero…, Defendo…, Prometo…, Fico…ao seu dispor, etc.
Programa Eleitoral de Lisete Romão
. Tenho experiência política…
. Quero dignificar a Câmara…
. É minha intenção…
. Pretendo prestigiar a Câmara…
. Irei advogar a autonomia profissinal…
. Vou desburocratizar…
. Quero…, Defendo…, Prometo…, Fico…ao seu dispor, etc.
Programa Eleitoral de Lisete Romão
. Proponho um Concelho saudável…
. Pretendo criar estruturas…
. Vou promover o desporto senior…
. Vou realizar programas…
. Vou criar um programa…
. Mas não ficarei por aqui…
. Tenho muitas ideias…
…E a equipa Dra. Lisete?! …e o Partido Socialista onde entram neste filme?
Se este “trabalho” é do “expert” “Por Silves…”que está a conduzir a campanha da Dra. Lisete, então…
Queria recordar-lhe entretanto que as sondagens em blogues nada significam, tão pouco valem o que valem.
Acrescentaria ainda que as campanhas através de blogues, os posts, os comentários, por mais pertinentes que sejam, o grau de influência junto da esmagadora maioria do eleitorado é ínfimo, digamos que é uma campanha virtual. Até mesmo o que se escreve no “Barlavento”, na “Terra Ruiva” e na “Voz de Silves”, em nada influencia ou condiciona qualquer votação porque, os seus leitores, infelizmente, são em número muito reduzido, diria até pouco mais são que os frequentadores assíduos dos blogues, ou até os mesmos.
A propósito da “Voz de Silves”, cujas publicações leio “religiosamente” desde o seu aparecimento, duas palavras: o grande golpe de rins que deu Artur Linha e a sua análise política na edição nº. 446 da passada sexta-feira, 21 de Agosto. É porém a análise política que desperta alguma curiosidade porque a sua elasticidade vertebral não me surpreende.
Se não tivesse acompanhado o percurso de analista político de Artur Linha, no concelho de Silves, ao longo destes 20 anos, diria mesmo que os resultados das suas previsões para as eleições autárquicas de Silves de Outubro próximo, assentavam não em pressupostos lógicos e realistas, mas tão somente que o senhor teria entrado numa de fé e de esperança tal qual a Dra. Lisete Romão. Com franqueza “sir” Artur, o senhor sabe também como eu que Isabel Soares vai ganhar folgadíssima portanto, o que será que o motiva para este frete a Lisete?
Sobre os esquerdinos CDU e BE, como “fiéis da balança” para decidir se Isabel Soares ganha ou não é, quanto a mim, mais um devaneio; eventualmente poderão decidir se Lisete Romão vai p’ rá vereação na companhia de Fernando Serpa, ou sozinha.
Como já escrevi aqui, ao falar com pessoas identificadas e até bem ligadas à oposição, tenho ouvido as mais diabólicas fantasias: da área do PLR de Lisete Romão falam em ganhar e até elegerem 3 vereadores para acompanharem a senhora; na CDU dizem-me que estão confiantes que vão eleger dois vereadores; o BE e Carlos Cabrita dizem que estão muito perto e preparados para assumirem pela primeira vez a vereação na Câmara, o que me parece muito provável. Salvo esta excepção, confesso que, ou estou a viver num mundo completamente diferente, ou esta gente definitivamente… perdeu o norte.
Sobre Isabel Soares e o seu PIS, no que respeita às eleições, reafirmo que vai ganhar com grande folga e nada mais tenho para dizer para além do que tenho dito ao longo destes quase doze anos. Encara o dia 11 de Outubro como outro dia qualquer, ou seja, com a tranquilidade que a caracteriza e que caracteriza qualquer cacique dos novos tempos (assim os definiu Moita Flores) e faz parte da família política que se assume como legítima e detentora e usufrutuária do regime e se julga acima da moral e das leis que governam o comum dos cidadãos (como diria António Cluny).
Um eleitor
. Pretendo criar estruturas…
. Vou promover o desporto senior…
. Vou realizar programas…
. Vou criar um programa…
. Mas não ficarei por aqui…
. Tenho muitas ideias…
…E a equipa Dra. Lisete?! …e o Partido Socialista onde entram neste filme?
Se este “trabalho” é do “expert” “Por Silves…”que está a conduzir a campanha da Dra. Lisete, então…
Queria recordar-lhe entretanto que as sondagens em blogues nada significam, tão pouco valem o que valem.
Acrescentaria ainda que as campanhas através de blogues, os posts, os comentários, por mais pertinentes que sejam, o grau de influência junto da esmagadora maioria do eleitorado é ínfimo, digamos que é uma campanha virtual. Até mesmo o que se escreve no “Barlavento”, na “Terra Ruiva” e na “Voz de Silves”, em nada influencia ou condiciona qualquer votação porque, os seus leitores, infelizmente, são em número muito reduzido, diria até pouco mais são que os frequentadores assíduos dos blogues, ou até os mesmos.
A propósito da “Voz de Silves”, cujas publicações leio “religiosamente” desde o seu aparecimento, duas palavras: o grande golpe de rins que deu Artur Linha e a sua análise política na edição nº. 446 da passada sexta-feira, 21 de Agosto. É porém a análise política que desperta alguma curiosidade porque a sua elasticidade vertebral não me surpreende.
Se não tivesse acompanhado o percurso de analista político de Artur Linha, no concelho de Silves, ao longo destes 20 anos, diria mesmo que os resultados das suas previsões para as eleições autárquicas de Silves de Outubro próximo, assentavam não em pressupostos lógicos e realistas, mas tão somente que o senhor teria entrado numa de fé e de esperança tal qual a Dra. Lisete Romão. Com franqueza “sir” Artur, o senhor sabe também como eu que Isabel Soares vai ganhar folgadíssima portanto, o que será que o motiva para este frete a Lisete?
Sobre os esquerdinos CDU e BE, como “fiéis da balança” para decidir se Isabel Soares ganha ou não é, quanto a mim, mais um devaneio; eventualmente poderão decidir se Lisete Romão vai p’ rá vereação na companhia de Fernando Serpa, ou sozinha.
Como já escrevi aqui, ao falar com pessoas identificadas e até bem ligadas à oposição, tenho ouvido as mais diabólicas fantasias: da área do PLR de Lisete Romão falam em ganhar e até elegerem 3 vereadores para acompanharem a senhora; na CDU dizem-me que estão confiantes que vão eleger dois vereadores; o BE e Carlos Cabrita dizem que estão muito perto e preparados para assumirem pela primeira vez a vereação na Câmara, o que me parece muito provável. Salvo esta excepção, confesso que, ou estou a viver num mundo completamente diferente, ou esta gente definitivamente… perdeu o norte.
Sobre Isabel Soares e o seu PIS, no que respeita às eleições, reafirmo que vai ganhar com grande folga e nada mais tenho para dizer para além do que tenho dito ao longo destes quase doze anos. Encara o dia 11 de Outubro como outro dia qualquer, ou seja, com a tranquilidade que a caracteriza e que caracteriza qualquer cacique dos novos tempos (assim os definiu Moita Flores) e faz parte da família política que se assume como legítima e detentora e usufrutuária do regime e se julga acima da moral e das leis que governam o comum dos cidadãos (como diria António Cluny).
Um eleitor
21 de agosto de 2009
PIS ...FINALMENTE A LISTA "POSSÍVEL"
Quando em 9 de Agosto aqui avancei com a lista dos candidatos do PIS, tive o cuidado de salientar que habitualmente as listas de Isabel Soares sofrem alterações de última hora. Como se pode agora verificar, confirmou-se a tradição, houve a habitual alteração de última hora e agora a definitiva é:
1 - Isabel Soares
2 - Rogério Pinto
3 - Maria Manuela
4 - Jorge Silva
Uma professora que se apresenta como independente (do PSD certamente porque do PIS tenho as minhas dúvidas) e um bancário que até 11 de Outubro ainda poderá ostentar a sua “chave do palheiro” dizendo: “eu sou O SECRETÁRIO da Junta de Alcantarilha”, eleito pelo Partido Socialista.
Adivinha-se o que Isabel Soares irá dizer sobre a contratação destes seus dois novos “sacristães” (pessoas que dizem ámen), é só esperar para ver.
De ambos espera-se: boa assistência missal, em especial do senhor Jorge Silva a quem auguro um “brilhante” mandato; oxalá que esta sua nova função não vá colidir com o facto de sua esposa ser uma funcionária da Divisão Financeira da autarquia.
Tónica Pontes e Inês Cabrita estão reservados para outros altos desígnios dentro da administração; aguarde-se para ver também.
Escrevi aqui no outro dia que Isabel Soares estaria a fazer tabu com a divulgação dos nomes das personagens que a acompanhavam na vereação do seu próximo mandato. Apontei até como uma das razões para tal tabu o facto de lhe “pesar na consciência” divulgar esses “notáveis”, por saber e até “recear” que não fossem bem aceites por “determinada” franja dos seus apoiantes.
Durante largo período houve até quem dissesse que o seu filho José Pedro iria fazer parte da lista e que seria a breve trecho seu sucessor.
Nunca acreditei num cenário dessa natureza pois, pelo que conheço de Isabel Soares a senhora não quererá certamente queimar o rapaz, já que seria correr um grande risco deixar-lhe uma herança que ela bem sabe quão ruinosa é.
É sabido que para Isabel Soares arranjar uma lista de acompanhantes é bastante fácil. Arranjar uma equipa é que é muito complicado e pode-se mesmo dizer que foi chão que já deu uvas. Contudo, a senhora ainda tentou algo desse género com os inúmeros convites que fez, mas de todos os convidados levou as correspondentes negas. Até “Egas Moniz” disse não.
Os convites de Isabel Soares a diversas “personalidades” do PSD, mais não foi que uma pretensa imitação de Manuela Ferreira Leite, com a escolha de históricos do partido. Isabel Soares sabe que o PIS não está bem visto a nível local, regional e nacional e que o mesmo morrerá quando terminar o seu reinado. Isabel Soares sabe ainda que tem de fazer o percurso inverso, ou seja, do PIS para o PSD com a reabilitação deste, pelo menos aos níveis de 1997, pois foi o PSD e as pessoas que a acompanharam nessa altura que lhe abriram as portas da vitória.
Hoje a tarefa de se regenerar junto do eleitorado laranja não é fácil, pois não nos podemos esquecer que é quase uma “Lista de Shindler”, os nomes de pessoas PSD que desde 1997 até hoje estiveram com Isabel Soares, fizeram parte das suas listas para a Câmara, para a Assembleia e para as Juntas de Freguesia e que saíram de cena, todas incompatibilizadas com a senhora.
Se Luís Garrocho, Hélder Patrão, Sousa Ribeiro, Domingos Garcia (Egas Moniz), José Paulo de Sousa, José Manuel Alves, José Luís Catarino, Orlando Gonçalves, Adelaide Lima, José António Ramos, António Guerreiro, Joaquim Pina, José Benedito, José Inácio (Zeca Diabo), Joaquim António Gonçalves, etc., etc., etc., se dispusessem a falar e abrir o jogo… estaria o caldo entornado.
Compreende-se claramente esta lista de Isabel Soares e para não me alongar mais direi mesmo que é a lista possível.
No entanto, mesmo com esta lista possível a senhora irá ganhar, como já o disse.
Uma parte da “oposição”!!! diz que vai ganhar e outra que vai acabar com a maioria absoluta ao PIS. Infelizmente estão todos redondamente enganados.
Um Eleitor
1 - Isabel Soares
2 - Rogério Pinto
3 - Maria Manuela
4 - Jorge Silva
Uma professora que se apresenta como independente (do PSD certamente porque do PIS tenho as minhas dúvidas) e um bancário que até 11 de Outubro ainda poderá ostentar a sua “chave do palheiro” dizendo: “eu sou O SECRETÁRIO da Junta de Alcantarilha”, eleito pelo Partido Socialista.
Adivinha-se o que Isabel Soares irá dizer sobre a contratação destes seus dois novos “sacristães” (pessoas que dizem ámen), é só esperar para ver.
De ambos espera-se: boa assistência missal, em especial do senhor Jorge Silva a quem auguro um “brilhante” mandato; oxalá que esta sua nova função não vá colidir com o facto de sua esposa ser uma funcionária da Divisão Financeira da autarquia.
Tónica Pontes e Inês Cabrita estão reservados para outros altos desígnios dentro da administração; aguarde-se para ver também.
Escrevi aqui no outro dia que Isabel Soares estaria a fazer tabu com a divulgação dos nomes das personagens que a acompanhavam na vereação do seu próximo mandato. Apontei até como uma das razões para tal tabu o facto de lhe “pesar na consciência” divulgar esses “notáveis”, por saber e até “recear” que não fossem bem aceites por “determinada” franja dos seus apoiantes.
Durante largo período houve até quem dissesse que o seu filho José Pedro iria fazer parte da lista e que seria a breve trecho seu sucessor.
Nunca acreditei num cenário dessa natureza pois, pelo que conheço de Isabel Soares a senhora não quererá certamente queimar o rapaz, já que seria correr um grande risco deixar-lhe uma herança que ela bem sabe quão ruinosa é.
É sabido que para Isabel Soares arranjar uma lista de acompanhantes é bastante fácil. Arranjar uma equipa é que é muito complicado e pode-se mesmo dizer que foi chão que já deu uvas. Contudo, a senhora ainda tentou algo desse género com os inúmeros convites que fez, mas de todos os convidados levou as correspondentes negas. Até “Egas Moniz” disse não.
Os convites de Isabel Soares a diversas “personalidades” do PSD, mais não foi que uma pretensa imitação de Manuela Ferreira Leite, com a escolha de históricos do partido. Isabel Soares sabe que o PIS não está bem visto a nível local, regional e nacional e que o mesmo morrerá quando terminar o seu reinado. Isabel Soares sabe ainda que tem de fazer o percurso inverso, ou seja, do PIS para o PSD com a reabilitação deste, pelo menos aos níveis de 1997, pois foi o PSD e as pessoas que a acompanharam nessa altura que lhe abriram as portas da vitória.
Hoje a tarefa de se regenerar junto do eleitorado laranja não é fácil, pois não nos podemos esquecer que é quase uma “Lista de Shindler”, os nomes de pessoas PSD que desde 1997 até hoje estiveram com Isabel Soares, fizeram parte das suas listas para a Câmara, para a Assembleia e para as Juntas de Freguesia e que saíram de cena, todas incompatibilizadas com a senhora.
Se Luís Garrocho, Hélder Patrão, Sousa Ribeiro, Domingos Garcia (Egas Moniz), José Paulo de Sousa, José Manuel Alves, José Luís Catarino, Orlando Gonçalves, Adelaide Lima, José António Ramos, António Guerreiro, Joaquim Pina, José Benedito, José Inácio (Zeca Diabo), Joaquim António Gonçalves, etc., etc., etc., se dispusessem a falar e abrir o jogo… estaria o caldo entornado.
Compreende-se claramente esta lista de Isabel Soares e para não me alongar mais direi mesmo que é a lista possível.
No entanto, mesmo com esta lista possível a senhora irá ganhar, como já o disse.
Uma parte da “oposição”!!! diz que vai ganhar e outra que vai acabar com a maioria absoluta ao PIS. Infelizmente estão todos redondamente enganados.
Um Eleitor
9 de agosto de 2009
PIS COM ELENCO "NOTÁVEL" EM MANDATO DE DESPEDIDA
Como todos sabemos, na eleição de qualquer órgão, nacional ou local, é no líder, no chefe, no presidente, que as pessoas concentram as suas atenções; pelo vice-presidente, pelos vereadores, pelos segundos ou terceiros os eleitores pouco ou quase nada se interessam, nem querem saber se há uma equipa; a personalização na pessoa do candidato a presidente, no caso concreto das eleições autárquicas, particularmente no caso de Silves, é a maior prova de tudo isto, ultrapassando até os próprios partidos.
Todavia, no concelho de Silves, esta realidade nem sempre foi assim.
Antigamente mandava a lógica, a estratégia, a táctica, etc. que para terem mais hipóteses de vitória à conquista da Câmara, os partidos deveriam apresentar uma equipa forte, equilibrada, de pessoas com determinadas qualidades (não as enumero ou especifico porque o espaço é curto) havendo como que obrigatoriamente um candidato de Silves, outro de Messines e outro de Armação de Pêra.
Os Munícipes conheciam portanto o conjunto de pessoas que se apresentavam a sufrágio com alguma antecedência e identificavam-se com elas ou não.
No PS de hoje já expliquei o que se passou e quem acompanha a Dra. Lisete, no Post “Não se enxergam”.
No partido herdeiro do PSD, o conhecidíssimo PIS, é tudo diferente. Há como que um Tabu em relação à lista de candidatos; só se conhece oficialmente a cabeça de lista; poderá ser uma estratégia até agora não utilizada, ou porque à Dra. Isabel Soares “lhe pesa na consciência” apresentar as pessoas que a acompanham, receando que as mesmas não sejam bem aceites pelos munícipes.
Assim sendo, deixo aqui as últimas novidades que me chegaram sobre movimentações e alguns nomes apontados de putativos candidatos e cada um que tire as suas conclusões:
Neste momento e salvo alterações de última hora, como é seu hábito, a lista de Isabel Soares para a Câmara é a seguinte:
1 - Isabel Soares
2 - Rogério Pinto
3 - Tónica Pontes
4 - Inês Cabrita
Chama-se a isto o PIS no seu melhor.
Quem estaria indicado para o 4º lugar seria Jorge Silva, sim o senhor que, quando instado se pertencia à Junta de Alcantarilha disse muito ufano – “Eu sou o Secretário da Junta”, (recordou-me logo o tal que disse não ser bombeiro, mas o Comandante dos Bombeiros e é hoje o candidato à Junta de Messines): este senhor Jorge, eleito pelo PS em Alcantarilha, segundo dizem, aceitou fazer parte do elenco do PIS para pagar o favor a Isabel Soares por ter arranjado um lugar na Câmara para sua mulher. Entretanto e após ter desestabilizado o PS de João Palma naquela localidade, a senhora presidente deu o 4º lugar a Inês Cabrita e o senhor Jorge… contenta-se com a candidatura à Junta de Alcantarilha, pelo PIS.
Inês Cabrita é mais uma personagem que se enquadra perfeitamente no perfil dos candidatos “perfeitos” para o PIS; filha de funcionário da Câmara e de funcionária de uma das células que suportam o PIS, “Os amigos dos Pequeninos”, prima de Rosário e Tónica Pontes, com menos de 30 anos, etc. etc.
Tónica Pontes é ele mesmo, palavras para quê?
Um Eleitor
29 de julho de 2009
NÃO SE ENXERGAM
Já por diversas vezes e nos mais variados contextos deixei aqui a minha leitura sobre as eleições autárquicas em Silves e sobre as principais personagens que fazem parte das mesmas: agora, que todos os partidos de maior expressão eleitoral já realizaram os “repastos” de apresentação de candidaturas dos seus “capos” e em alguns casos dos seus “consiglieres”, está na hora de fazer mais um balanço e uma apreciação, aos últimos acontecimentos.
Começaria pelo partido que me parece não ter ganho nada ao juntar uma “Rosa” a um dos seus símbolos de Abril.
Os 268 apoiantes e militantes que estiveram presentes no restaurante Ponte Romana, embora não traduzam a sua expressão eleitoral, pode no entanto interpretar-se como um sintoma de que a luta pela conquista de um vereador na Câmara, com o Bloco de Esquerda, vai ser muito difícil e que a escolha da CDU não terá sido a mais acertada.
Não se enxergam os dirigentes deste partido que me dizem que vão conquistar dois lugares na vereação?
O Bloco de Esquerda anda todo animado e “parece” que ganhou outra dinâmica após os resultados alcançados nas eleições europeias.
O Eng.º. Carlos Cabrita tem-se desdobrado em reuniões e contactos por todo o concelho, porém, as pessoas embora simpatizem e se revejam particularmente no discurso do BE e em especial no seu líder Francisco Louçã, continuam ainda a olhar este partido, digamos que de soslaio; e, ainda que apreciem que o BE denuncie e diga algumas verdades, quando convidadas a participar, como que com medo e, porque não se enxergam, começam todas a olhar para o lado, mesmo que lhes saiba bem poderem mais tarde beneficiar de algo que os bloquistas conseguiram com as suas lutas.
À cautela e não estando muito longe o objectivo do BE silvense, de alcançar um lugar na vereação, Carlos Cabrita não parece ter ficado deslumbrado com os resultados das europeias e por isso mesmo as surpresas de candidatos que vai apresentar em algumas freguesias poderão elas sim, contribuir para que o objectivo seja atingido.
328 foi o número de pessoas pagantes que foram registadas no “repasto” de apresentação de Lisete Romão na Fábrica do Inglês.
Assim se reconhece a força deste PS.
Apesar de tudo, fiz um memorável esforço e li as palavras que a senhora disse naquela noite; mas confesso que não consegui ouvir até ao fim no YouTube, os cerca de 9 minutos do seu discurso.
Ao dizer isto não se pense que tenho má vontade ou algo contra a senhora; nem posso dizer que me é indiferente até porque, de quando em vez, debruço-me sobre a sua actividade política. E é precisamente porque tenho acompanhado o seu percurso, a sua intervenção, enfim, a sua maneira de estar na política, que me questiono sobre as razões que fazem correr a Dra. Lisete, porque salta à vista que estamos perante uma candidata que jamais conseguirá que as pessoas, ao olharem para ela, consigam ler escrito na sua testa “vou ganhar”. Apesar de tudo a senhora persiste o que a não haverem quaisquer “motivos ocultos”, como defendem alguns, só leva a pensar que a Dra. também não se enxerga.
Entretanto correm rumores que houve um desentendimento entre a senhora candidata e o Eng.º. Fernando Sequeira (que tudo apontava seria o número dois da sua lista), reeditando-se mais um ano o duo maravilha, Dra. Lisete - Fernando Serpa.
Diz-se que a Dra. Lisete “correu” com o Eng.º. porque, numa reunião, o mesmo lhe terá dito que, uma vez que iam perder, o melhor seria ele resguardar-se para daqui a quatro anos, onde teriam grandes hipóteses sendo ele o candidato. Também se diz que esse desabafo de Fernando Sequeira até deu um grande jeito a Lisete Romão pois há muito que andava a sofrer grande pressão de Fernando Serpa para o receber na lista pois, como isto está mau de clientela, como vereador, ainda que da oposição, sempre vai arranjando uns clientes que têm a ilusão de que, pelo facto dele fazer parte do executivo, lhes resolve os problemas. A experiência diz-me que esta segunda versão é a mais credível.
Com tudo isto estamos a ver que Lisete Romão vai ter como companhia na oposição Carlos Cabrita em vez de Fernando Serpa.
957 diz-se que foi o número de presenças contadas no “repasto” de apresentação de Isabel Soares na SUA Fábrica do Inglês.
Como o Povo diz, mamemos enquanto dura, vote-se no PIS.
O número de presenças foi notável e dividiu-se da seguinte forma:
1. PIS (Partido de Isabel Soares) = 7; Isabel Soares, Marido, Filho, Mulher do Filho, Mano, Mulher do Mano e Mãe.
2. PSD = 20; Guilherme Silva (representante de João Jardim), Mendes Bota (por obrigação do lugar que ocupa na Distrital), Presidentes de Câmara PSD no Algarve e respectivas mulheres.
3. DEPENDENTES DIRECTOS (funcionários e familiares) =600.
4. DEPENDENTES INDIRECTOS (indiferenciados) =230.
5. ELEITORES DE OUTROS CONCELHOS (que vão a todas) = 100.
Assim como não há surpresas nesta amálgama de presenças também não surpreendeu que tivesse havido, por parte de Isabel Soares, uma grande preocupação em oferecer convites a tudo o que é gente no Concelho, numa brilhante e inovadora forma de combater a crise.
Surpresa foi o discurso da senhora. Óscar Wilde se fosse vivo e se tivesse ouvido Isabel Soares naquela noite jamais teria escrito que “Para se ser popular é preciso ser-se uma mediocridade”. Que eloquência, que brilhantismo, que rigor, que transparência, que verdade!
Li o seu discurso, aliás como sempre, e do que gostei mais foi a passagem -“Sempre pautei a minha actuação pelo rigor e respeito em relação ao dinheiro e aos bens públicos. E friso com a maior veemência!”-; para algo semelhante a isto escreveu Thomas Fuller “Quem não tem vergonha não tem consciência”, ou então como diria Camilo Castelo Branco “Onde morre a vergonha nascem os expedientes desonrosos”.
Mas o mais marcante do discurso de Isabel Soares –“Fizemos mais obras em 12 anos, do que as que foram feitas durante os 23 anos de governação comunista e socialista de Silves!”-. Adiantou depois a senhora que “Obrou” tanto, tanto, que lhe era impossível estar a enumerar tudo aquilo que “obrou”, pois corriam o risco de ainda hoje a estarem ali a ouvir sobre o que tinha “obrado”. Lamentavelmente, esqueceu-se de dizer que daqui a outros tantos 12 anos ou mais o Concelho ainda estará a pagar tudo aquilo que a senhora “obrou” e que o futuro do Município estará hipotecado; mais grave ainda, esqueceu-se de esclarecer como vai pagar aos bancos as dívidas provocadas por aquilo que “obrou”, se a prazos imediatos, curtos, médios ou longos, uma vez que já neste momento não tem dinheiro para mandar rezar um cego; excluindo os outros empréstimos à banca (factorings e acordos de pagamento), como vai pagar à Caixa Geral de Depósitos os 2 milhões de euros anuais durante 5 anos, que é quanto vai custar o empréstimo dos 9 milhões agora contraídos? vai aumentar as taxas que existem e inventar outras ? vai alienar património? vai despedir mais de metade dos funcionários (que até estão a mais e não fazem falta nenhuma)? O que vai fazer?
Também se esqueceu de dizer que vai limpar muito em breve (ainda muito antes das eleições, como era de prever) a dívida a fornecedores e empreiteiros? ou sabia que o seu companheiro Santana Lopes depois iria desmontar toda essa artimanha de transferência de dívidas como o fez na televisão ontem com António Costa?
Começaria pelo partido que me parece não ter ganho nada ao juntar uma “Rosa” a um dos seus símbolos de Abril.
Os 268 apoiantes e militantes que estiveram presentes no restaurante Ponte Romana, embora não traduzam a sua expressão eleitoral, pode no entanto interpretar-se como um sintoma de que a luta pela conquista de um vereador na Câmara, com o Bloco de Esquerda, vai ser muito difícil e que a escolha da CDU não terá sido a mais acertada.
Não se enxergam os dirigentes deste partido que me dizem que vão conquistar dois lugares na vereação?
O Bloco de Esquerda anda todo animado e “parece” que ganhou outra dinâmica após os resultados alcançados nas eleições europeias.
O Eng.º. Carlos Cabrita tem-se desdobrado em reuniões e contactos por todo o concelho, porém, as pessoas embora simpatizem e se revejam particularmente no discurso do BE e em especial no seu líder Francisco Louçã, continuam ainda a olhar este partido, digamos que de soslaio; e, ainda que apreciem que o BE denuncie e diga algumas verdades, quando convidadas a participar, como que com medo e, porque não se enxergam, começam todas a olhar para o lado, mesmo que lhes saiba bem poderem mais tarde beneficiar de algo que os bloquistas conseguiram com as suas lutas.
À cautela e não estando muito longe o objectivo do BE silvense, de alcançar um lugar na vereação, Carlos Cabrita não parece ter ficado deslumbrado com os resultados das europeias e por isso mesmo as surpresas de candidatos que vai apresentar em algumas freguesias poderão elas sim, contribuir para que o objectivo seja atingido.
328 foi o número de pessoas pagantes que foram registadas no “repasto” de apresentação de Lisete Romão na Fábrica do Inglês.
Assim se reconhece a força deste PS.
Apesar de tudo, fiz um memorável esforço e li as palavras que a senhora disse naquela noite; mas confesso que não consegui ouvir até ao fim no YouTube, os cerca de 9 minutos do seu discurso.
Ao dizer isto não se pense que tenho má vontade ou algo contra a senhora; nem posso dizer que me é indiferente até porque, de quando em vez, debruço-me sobre a sua actividade política. E é precisamente porque tenho acompanhado o seu percurso, a sua intervenção, enfim, a sua maneira de estar na política, que me questiono sobre as razões que fazem correr a Dra. Lisete, porque salta à vista que estamos perante uma candidata que jamais conseguirá que as pessoas, ao olharem para ela, consigam ler escrito na sua testa “vou ganhar”. Apesar de tudo a senhora persiste o que a não haverem quaisquer “motivos ocultos”, como defendem alguns, só leva a pensar que a Dra. também não se enxerga.
Entretanto correm rumores que houve um desentendimento entre a senhora candidata e o Eng.º. Fernando Sequeira (que tudo apontava seria o número dois da sua lista), reeditando-se mais um ano o duo maravilha, Dra. Lisete - Fernando Serpa.
Diz-se que a Dra. Lisete “correu” com o Eng.º. porque, numa reunião, o mesmo lhe terá dito que, uma vez que iam perder, o melhor seria ele resguardar-se para daqui a quatro anos, onde teriam grandes hipóteses sendo ele o candidato. Também se diz que esse desabafo de Fernando Sequeira até deu um grande jeito a Lisete Romão pois há muito que andava a sofrer grande pressão de Fernando Serpa para o receber na lista pois, como isto está mau de clientela, como vereador, ainda que da oposição, sempre vai arranjando uns clientes que têm a ilusão de que, pelo facto dele fazer parte do executivo, lhes resolve os problemas. A experiência diz-me que esta segunda versão é a mais credível.
Com tudo isto estamos a ver que Lisete Romão vai ter como companhia na oposição Carlos Cabrita em vez de Fernando Serpa.
957 diz-se que foi o número de presenças contadas no “repasto” de apresentação de Isabel Soares na SUA Fábrica do Inglês.
Como o Povo diz, mamemos enquanto dura, vote-se no PIS.
O número de presenças foi notável e dividiu-se da seguinte forma:
1. PIS (Partido de Isabel Soares) = 7; Isabel Soares, Marido, Filho, Mulher do Filho, Mano, Mulher do Mano e Mãe.
2. PSD = 20; Guilherme Silva (representante de João Jardim), Mendes Bota (por obrigação do lugar que ocupa na Distrital), Presidentes de Câmara PSD no Algarve e respectivas mulheres.
3. DEPENDENTES DIRECTOS (funcionários e familiares) =600.
4. DEPENDENTES INDIRECTOS (indiferenciados) =230.
5. ELEITORES DE OUTROS CONCELHOS (que vão a todas) = 100.
Assim como não há surpresas nesta amálgama de presenças também não surpreendeu que tivesse havido, por parte de Isabel Soares, uma grande preocupação em oferecer convites a tudo o que é gente no Concelho, numa brilhante e inovadora forma de combater a crise.
Surpresa foi o discurso da senhora. Óscar Wilde se fosse vivo e se tivesse ouvido Isabel Soares naquela noite jamais teria escrito que “Para se ser popular é preciso ser-se uma mediocridade”. Que eloquência, que brilhantismo, que rigor, que transparência, que verdade!
Li o seu discurso, aliás como sempre, e do que gostei mais foi a passagem -“Sempre pautei a minha actuação pelo rigor e respeito em relação ao dinheiro e aos bens públicos. E friso com a maior veemência!”-; para algo semelhante a isto escreveu Thomas Fuller “Quem não tem vergonha não tem consciência”, ou então como diria Camilo Castelo Branco “Onde morre a vergonha nascem os expedientes desonrosos”.
Mas o mais marcante do discurso de Isabel Soares –“Fizemos mais obras em 12 anos, do que as que foram feitas durante os 23 anos de governação comunista e socialista de Silves!”-. Adiantou depois a senhora que “Obrou” tanto, tanto, que lhe era impossível estar a enumerar tudo aquilo que “obrou”, pois corriam o risco de ainda hoje a estarem ali a ouvir sobre o que tinha “obrado”. Lamentavelmente, esqueceu-se de dizer que daqui a outros tantos 12 anos ou mais o Concelho ainda estará a pagar tudo aquilo que a senhora “obrou” e que o futuro do Município estará hipotecado; mais grave ainda, esqueceu-se de esclarecer como vai pagar aos bancos as dívidas provocadas por aquilo que “obrou”, se a prazos imediatos, curtos, médios ou longos, uma vez que já neste momento não tem dinheiro para mandar rezar um cego; excluindo os outros empréstimos à banca (factorings e acordos de pagamento), como vai pagar à Caixa Geral de Depósitos os 2 milhões de euros anuais durante 5 anos, que é quanto vai custar o empréstimo dos 9 milhões agora contraídos? vai aumentar as taxas que existem e inventar outras ? vai alienar património? vai despedir mais de metade dos funcionários (que até estão a mais e não fazem falta nenhuma)? O que vai fazer?
Também se esqueceu de dizer que vai limpar muito em breve (ainda muito antes das eleições, como era de prever) a dívida a fornecedores e empreiteiros? ou sabia que o seu companheiro Santana Lopes depois iria desmontar toda essa artimanha de transferência de dívidas como o fez na televisão ontem com António Costa?
Lamentavelmente, também se esqueceu de dizer que quando ganhou as eleições em 1997 José Viola lhe deixou uma dívida de 400 mil contos (2 milhões de euros) e que hoje deve cerca de 30 milhões de euros (15 milhões de contos).
Lamentavelmente ainda se esqueceu de dizer que mais de metade do Concelho vive dependendo directa ou indirectamente da Câmara Municipal e que as receitas do município têm vindo a decair vertiginosamente.
Apesar de tudo o PIS vai continuar por mais quatro anos a governar e a governar-se no Concelho de Silves. Ao contrário das eleições europeias em que o PSD venceu não por mérito de oposição mas por demérito do PS e sua governação, em Silves, vai ganhar o PIS, não por mérito de uma boa gestão, uma boa governação, mas sim por demérito da oposição. Diria até que será mais porque os munícipes do Concelho definitivamente não se enxergam.
Um eleitor
Lamentavelmente ainda se esqueceu de dizer que mais de metade do Concelho vive dependendo directa ou indirectamente da Câmara Municipal e que as receitas do município têm vindo a decair vertiginosamente.
Apesar de tudo o PIS vai continuar por mais quatro anos a governar e a governar-se no Concelho de Silves. Ao contrário das eleições europeias em que o PSD venceu não por mérito de oposição mas por demérito do PS e sua governação, em Silves, vai ganhar o PIS, não por mérito de uma boa gestão, uma boa governação, mas sim por demérito da oposição. Diria até que será mais porque os munícipes do Concelho definitivamente não se enxergam.
Um eleitor
9 de julho de 2009
NEM QUE FOSSE ÓPERA ...BUFA!..
A candidata deste Partido Socialista em Silves, Lisete Romão, no seu discurso de apresentação de candidatura disse: -“somos um dos municípios mais pobres e culturalmente mais atrasados do Algarve, porque, ao longo de 12 anos, Isabel Soares não foi capaz de fazer um diagnóstico real das necessidades das populações”.
Que me desculpe a senhora candidata mas, ou não tem estado por estas paragens, ou então não tem dado a atenção devida aos milhares de eventos “altamente culturais” que a Câmara Municipal tem organizado, como por exemplo, a brilhante passagem de modelos na Praça Al-Mutamid no verão de 2007, que dizem ter custado uma fortuna e cujos participantes ainda estão a arder pelo não recebimento dos honorários
Por outro lado também não é justo a senhora candidata não reconhecer o enorme esforço da Divisão Cultural da edilidade, em especial desde a entrada da “expert culturium” Rosário Boal Pontes (que com grande sacrifício, assumiu aquele lugar, por três meses, por impedimento temporário e forçado da chefe na altura, a pedido da sua amiga de escola Isabel Soares).
Como saliento no primeiro parágrafo, a senhora diz que Isabel Soares não foi capaz de fazer um diagnóstico real das necessidades das populações.
Que me desculpe a senhora candidata mas, ou não tem estado por estas paragens, ou então não tem dado a atenção devida aos milhares de eventos “altamente culturais” que a Câmara Municipal tem organizado, como por exemplo, a brilhante passagem de modelos na Praça Al-Mutamid no verão de 2007, que dizem ter custado uma fortuna e cujos participantes ainda estão a arder pelo não recebimento dos honorários
Por outro lado também não é justo a senhora candidata não reconhecer o enorme esforço da Divisão Cultural da edilidade, em especial desde a entrada da “expert culturium” Rosário Boal Pontes (que com grande sacrifício, assumiu aquele lugar, por três meses, por impedimento temporário e forçado da chefe na altura, a pedido da sua amiga de escola Isabel Soares).
Como saliento no primeiro parágrafo, a senhora diz que Isabel Soares não foi capaz de fazer um diagnóstico real das necessidades das populações.
Com franqueza senhora candidata; que falta de visão, que demagogia primária. Então quer melhor, mais responsável e mais rigoroso diagnóstico das necessidades das populações, especialmente em tempo de crise e de ruína financeira, quando Isabel Soares, qual golpe de génio, saca da cartola uma medida anti-crise ( não faz parte do seu Programa Integrado de Combate à Crise no Concelho de Silves, mas não interessa), só superada pelo seu colega de partido Rui Rio, na noite de São João no Porto em que gastou este mundo e o outro em fogo de artifício?
Não me diga também que não sabe que a sua Presidente da Câmara vai gastar 140 mil euros por uma sessão de Ópera no Castelo?
Não cara senhora candidata, não é Ópera-Bufa, é Ópera-Séria. Quem vai continuar a Bufar são os fornecedores e empreiteiros do Concelho, pois os milhões que a Câmara lhes deve, este endividamento vergonhoso, que incomoda tanto a líder Manuela Ferreira Leite e o Presidente da República, a Isabel Soares não lhe tira o sono.
Não cara senhora candidata, não é Ópera-Bufa, é Ópera-Séria. Quem vai continuar a Bufar são os fornecedores e empreiteiros do Concelho, pois os milhões que a Câmara lhes deve, este endividamento vergonhoso, que incomoda tanto a líder Manuela Ferreira Leite e o Presidente da República, a Isabel Soares não lhe tira o sono.
Um eleitor
19 de junho de 2009
EM SILVES UM PROTESTO SEM MUDANÇA
Realizaram-se no passado dia 7 as eleições europeias cujos resultados, consoante as pessoas e os interesses que defendem, têm merecido os mais diversos comentários e têm sido feitas as extrapolações que mais lhes interessam.
No caso concreto da blogoesfera Silvense foi curioso ler o comentário de Adelina Capelo (dizem tratar-se de Avantino Moreira ou de sua filha Sandra – que para o caso pouco interessa -), onde diz: “começou hoje – dia 7 de Junho – a desenhar-se a grande vitória da Dra. Isabel Soares, que vai acontecer em Outubro”.
Atribuir qualquer causa efeito ou efeito causa, como vos aprouver, a Isabel Soares ou para Isabel Soares o facto do PSD ter tido mais votos que o PS a nível regional ou nacional (não é liquido que se possa atribuir aos laranjas qualquer vitória enquanto não se conseguir definir se foi um protesto ou uma vontade de mudança do povo português e isso só nas legislativas ficará claro), é no mínimo um grande disparate, porque:
1. Ninguém no concelho foi votar no PSD, nestas europeias, em função da contribuição que Isabel Soares deu à causa, antes pelo contrário.
2. Ainda resta saber se não passará de uma vitória de Pirro esta do PSD e, na eventualidade de poder vir a traduzir-se em qualquer coisa num futuro próximo, não é liquido que Isabel Soares e o seu PIS venha a beneficiar com o facto, pois sabe-se que os actuais dirigentes nacionais dos laranjas não querem mais misturas com a presidente da Câmara de Silves: porque, para além de muitos outros, tem ainda pendente o chamado caso Viga D’Ouro, avocado há pouco tempo pelo Senhor Procurador Geral da República, pelo facto da Polícia Judiciária ter “adormecido” o processo na gaveta. Não nos esqueçamos porém, que em política, o que é verdade hoje amanhã pode não ser.
Entretanto eis aqui os resultados das eleições europeias de 2009 e de 2004:
RESULTADOS DAS ELEIÇÕES EUROPEIAS 2009 NO CONCELHO DE SILVES
Total de Inscritos: 29676
Total de Votantes: 9711 - 32.72%
Abstenção : 67.28%
PPD/PSD 2388 votos 24.59%
PS 2286 votos 23.54%
PCP-PEV 1543 votos 15.89%
B.E. 1389 votos 14.3%
CDS/PP 606 votos 6.24%
BRANCOS 544 votos 5.7%
NULOS 239 votos 2.46%
RESULTADOS DAS ELEIÇÕES EUROPEIAS 2004 NO CONCELHO DE SILVES
Total de Inscritos: 27796
Total de Votantes: 8793 - 31.63%
Abstenção: 68.72%
PS 4414 votos 50.2%
PPD/PSD-CDS 2101 votos 23.89%
PCP-PEV 1079 votos 12.27%
B.E. 396 votos 4.5%
BRANCOS 226 votos 2.57%
NULOS 150 votos 1.71%
Como facilmente se pode constatar pelas duas votações no concelho, à semelhança do que aconteceu no resto do país, não está clara a intenção de mudança seja do que for, mas é notório o protesto dos eleitores ao Partido Socialista.
Fazer-se uma extrapolação destes resultados para as legislativas e até para as autárquicas, como pretendem as “Adelinas Capelo”, significaria não só que Isabel Soares perderia estrondosamente a sua maioria absoluta, como até a sua vitória estaria em causa e dependente da vontade dos cerca de 30% a mais de abstencionistas que se verificaram no concelho. Nem os novos 1500 votantes, que o Nobel presidente da concelhia de Silves do PSD apregoa como votantes dos laranjas se atreveu a dar um pouco de ânimo à madrinha.
Continuando numa de extrapolação é confrangedor o resultado do PS e o semblante de Lisete Romão na segunda feira seguinte às eleições dizia bem o que lhe ia na alma. Se alguma esperança a senhora acalentava decididamente a enterrou nesse fatídico dia 7.
A votação no Bloco de Esquerda é que parece querer significar algo mais e diria até que poderá mesmo vir a conseguir um vereador na Câmara de Silves.
O PCP, embora com uma ligeira subida está mesmo em queda livre e, se a sua candidata e florida Rosa não desabrochar um pouco mais, arriscam-se, ao fim de 35 anos, a deixar de ter qualquer representante no executivo Silvense.
Mas tudo isto são extrapolações que em nada vão afectar a vitória de Isabel Soares pelas razões explicadas aqui por várias vezes, diria mesmo até à exaustão, as quais não tiveram acolhimento por parte daqueles que se dizem responsáveis e muito menos acolhimento vão ter por parte dos eleitores; uns porque não percebem, outros porque comem à mesma mesa da senhora e infelizmente os outros porque têm medo do desconhecido e ainda mais grave, que sejam conhecidas se não colaborarem ainda que inconscientemente, na ruína em que vai ficar o nosso Concelho.
No caso concreto da blogoesfera Silvense foi curioso ler o comentário de Adelina Capelo (dizem tratar-se de Avantino Moreira ou de sua filha Sandra – que para o caso pouco interessa -), onde diz: “começou hoje – dia 7 de Junho – a desenhar-se a grande vitória da Dra. Isabel Soares, que vai acontecer em Outubro”.
Atribuir qualquer causa efeito ou efeito causa, como vos aprouver, a Isabel Soares ou para Isabel Soares o facto do PSD ter tido mais votos que o PS a nível regional ou nacional (não é liquido que se possa atribuir aos laranjas qualquer vitória enquanto não se conseguir definir se foi um protesto ou uma vontade de mudança do povo português e isso só nas legislativas ficará claro), é no mínimo um grande disparate, porque:
1. Ninguém no concelho foi votar no PSD, nestas europeias, em função da contribuição que Isabel Soares deu à causa, antes pelo contrário.
2. Ainda resta saber se não passará de uma vitória de Pirro esta do PSD e, na eventualidade de poder vir a traduzir-se em qualquer coisa num futuro próximo, não é liquido que Isabel Soares e o seu PIS venha a beneficiar com o facto, pois sabe-se que os actuais dirigentes nacionais dos laranjas não querem mais misturas com a presidente da Câmara de Silves: porque, para além de muitos outros, tem ainda pendente o chamado caso Viga D’Ouro, avocado há pouco tempo pelo Senhor Procurador Geral da República, pelo facto da Polícia Judiciária ter “adormecido” o processo na gaveta. Não nos esqueçamos porém, que em política, o que é verdade hoje amanhã pode não ser.
Entretanto eis aqui os resultados das eleições europeias de 2009 e de 2004:
RESULTADOS DAS ELEIÇÕES EUROPEIAS 2009 NO CONCELHO DE SILVES
Total de Inscritos: 29676
Total de Votantes: 9711 - 32.72%
Abstenção : 67.28%
PPD/PSD 2388 votos 24.59%
PS 2286 votos 23.54%
PCP-PEV 1543 votos 15.89%
B.E. 1389 votos 14.3%
CDS/PP 606 votos 6.24%
BRANCOS 544 votos 5.7%
NULOS 239 votos 2.46%
RESULTADOS DAS ELEIÇÕES EUROPEIAS 2004 NO CONCELHO DE SILVES
Total de Inscritos: 27796
Total de Votantes: 8793 - 31.63%
Abstenção: 68.72%
PS 4414 votos 50.2%
PPD/PSD-CDS 2101 votos 23.89%
PCP-PEV 1079 votos 12.27%
B.E. 396 votos 4.5%
BRANCOS 226 votos 2.57%
NULOS 150 votos 1.71%
Como facilmente se pode constatar pelas duas votações no concelho, à semelhança do que aconteceu no resto do país, não está clara a intenção de mudança seja do que for, mas é notório o protesto dos eleitores ao Partido Socialista.
Fazer-se uma extrapolação destes resultados para as legislativas e até para as autárquicas, como pretendem as “Adelinas Capelo”, significaria não só que Isabel Soares perderia estrondosamente a sua maioria absoluta, como até a sua vitória estaria em causa e dependente da vontade dos cerca de 30% a mais de abstencionistas que se verificaram no concelho. Nem os novos 1500 votantes, que o Nobel presidente da concelhia de Silves do PSD apregoa como votantes dos laranjas se atreveu a dar um pouco de ânimo à madrinha.
Continuando numa de extrapolação é confrangedor o resultado do PS e o semblante de Lisete Romão na segunda feira seguinte às eleições dizia bem o que lhe ia na alma. Se alguma esperança a senhora acalentava decididamente a enterrou nesse fatídico dia 7.
A votação no Bloco de Esquerda é que parece querer significar algo mais e diria até que poderá mesmo vir a conseguir um vereador na Câmara de Silves.
O PCP, embora com uma ligeira subida está mesmo em queda livre e, se a sua candidata e florida Rosa não desabrochar um pouco mais, arriscam-se, ao fim de 35 anos, a deixar de ter qualquer representante no executivo Silvense.
Mas tudo isto são extrapolações que em nada vão afectar a vitória de Isabel Soares pelas razões explicadas aqui por várias vezes, diria mesmo até à exaustão, as quais não tiveram acolhimento por parte daqueles que se dizem responsáveis e muito menos acolhimento vão ter por parte dos eleitores; uns porque não percebem, outros porque comem à mesma mesa da senhora e infelizmente os outros porque têm medo do desconhecido e ainda mais grave, que sejam conhecidas se não colaborarem ainda que inconscientemente, na ruína em que vai ficar o nosso Concelho.
Um Eleitor
13 de maio de 2009
ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS EM SILVES: 3 MULHERES NA CORRIDA
Não fazia parte dos meus planos falar tão cedo das eleições autárquicas no Concelho de Silves: todavia, quando chegaram aos meus ouvidos as movimentações que têm havido por aí; quando badalam alguns nomes de pessoas que me dizem estarem nos planos de alguns cabeças de lista de certos partidos, para integrarem as suas listas; quando já se conhecem os nomes que acompanham a mais que “derrotada” Lisete Romão; e, quando comecei a ver escritas algumas coisas, no mínimo engraçadas, em alguns blogues, não resisto sem escrever algo sobre o assunto.
Começando pelo Bloco de Esquerda: é por demais sabido que será o Eng.º Carlos Cabrita, mais uma vez, “a levar a cruz” na procissão; aliás, missão muito do seu agrado e que só ele com a sua capacidade de trabalho, grande sacrifício e dedicação à causa, é capaz de o fazer. Ainda que o seu partido tenha dado agora um “tiro no pé”, com o seu voto favorável na lei anti-corrupção de José Sócrates e seus boys, é provável que Carlos Cabrita e seus companheiros de luta tenham mais alguns votos daqui a poucos meses mas, não serão tantos como já disse uma vez o ex-arauto do reino Soarista, Artur Linha.
No PCP ou CDU, vulgo Partido Comunista, as coisas não foram fáceis: aliás, a situação arrasta-se, ou melhor, tem vindo a piorar, desde que ficaram órfãos do “brilhante político e carismático líder” José Viola: e mais ainda, com o êxodo dos seus votantes nas últimas eleições autárquicas, em que os Silvenses comunistas de grandes e quase seculares convicções se converteram praticamente quase todos ao PIS (Partido de Isabel Soares).
Neste momento e após equacionados e discutidos vários nomes, recaiu sobre uma mulher a escolha; é inédito, até no país, que os cabeças de lista dos três maiores partidos sejam mulheres: não se pode divulgar ainda o nome, no entanto pode-se revelar que não é Margarida Ramos, mais que não fosse para não fazer essa desfeita ao seu marido, o Vereador “Independente” Manuel Ramos, o qual diz que não está disponível em virtude do cansaço e dos seus afazeres profissionais, embora haja quem diga que não se quer arriscar a ficar mal visto e querer guardar-se para 2013; e o Partido irá nessa? Muito breve será apresentada a lista numa reunião.
Temos contudo que dar a mão à palmatória e dizer que os membros do Partido na Assembleia, bem como o vereador que o representa na Câmara, desempenharam o seu papel como há muito não acontecia em Silves.
O PS de Silves, ou melhor, Lisete Romão e a trintena de militantes que continuam a alimentar a existência de um “Bloco Central” no concelho de Silves, sim os tais que em Outubro próximo, segundo dizem, vão levar uma vassourada do partido, apresentaram, há bem pouco tempo, a lista para concorrerem às eleições autárquicas.
Sabe-se que a senhora bateu a várias portas mas nenhuma se abriu, assim como sei que falou com várias pessoas, que as convidou, e que levou tampas atrás de tampas. Então a senhora estava à espera que o maior “submarino” de Isabel Soares dentro do PS desde 1997, sim estou a referi-me ao Nuno Silva, aceitasse mais uma vez ir na lista? Então quem lhe deu o emprego que tem hoje? Em 2005 estava na lista só para fazer número, ou ainda não percebeu? Abandonou depois a lide partidária …porquê?
O candidato à chefia da Assembleia é novamente João Ferreira: o homem que diz estar cansado, mas que está com qualquer candidato desde que lhe dê um lugar; que ficou “preso” com Isabel Soares, desde que a senhora lhe arranjou um emprego p’ró filho num banco, mas que o rapaz recusou; que come as papas na cabeça da CDU na Assembleia e na Comissão permanente da mesma, até parece que ficaram resquícios dos tempos em que colaborava na elaboração do Programa Eleitoral dos Comunistas e outras recordações de Monchique em tempos de PREC; enfim o homem de mão de Miguel Freitas, provavelmente por recordações quando fez a casa em Armação de Pêra.
O grande trunfo de Lisete Romão, ao que parece, é o candidato à vereação, Mário Maximino, funcionário da EDP, uma escolha à semelhança da líder. A senhora mais uma vez surpreende toda a gente: será que dos cerca de 30 mil eleitores, esse personagem foi o único que aceitou acompanhá-la na lista? Com franqueza!
A grande novidade desta lista da médica Silvense é o Eng.º Fernando Sequeira. Pela forma como este senhor engenheiro pôs em causa em plena Assembleia, academicamente falando, a intenção da Câmara fazer o favor a Carlos Monjardino e a mais quem não se sabe, de comprar a Fábrica do Tomate pelos 2 milhões de euros, parece estarmos em presença de um técnico competente. E de política caro Fernando, em que ponto estamos? E de conhecimento das realidades do concelho nas mais variadas vertentes? E o caro Fernando sabe com quem se está a meter? Olhe que a aposentação tem outras formas bem mais agradáveis para ser gozada que não a política.
O PIS – Partido de Isabel Soares:
A Presidente da maior Instituição de Caridade Social do Concelho de Silves, leia-se, da Câmara Municipal, ao contrário do que muita gente julga, também não tem a tarefa facilitada em elaborar a sua lista. Por mais grotesco que pareça o leque de personagens “altamente qualificados politicamente, profissionalmente com provas dadas, desinteressados, enraizados na sociedade e acima de tudo impolutos”, que acompanham e rodeiam Isabel Soares, pelo seu número excessivo, está a criar dificuldades à senhora em fazer a escolha, principalmente, porque não quer melindrar este ou aquele.
Quantos aos três já agraciados com a caridade e que compõem o actual elenco governativo, Rogério Pinto, Domingos Garcia e José Manuel Alves, a senhora Presidente já fez convite ao conhecido Egas Moniz, mas este declinou a “honra”, pois ainda não consegue enfiar uma agulha no tal sítio, com o susto que apanhou com o caso Viga D’Ouro; acrescentaríamos também que já conseguiu os seus objectivos que eram: construir uma casa, comprar um jeep, empregar e casar o filho e arranjar-lhes emprego e, aumentar a reforma que tinha do Banco a qual não lhe dava para sobreviver. Rogério Pinto, cujo convite da madrinha na altura lhe aliviou momentaneamente os “problemas” que tinha na escola de Armação de Pêra, conseguiu também arranjar emprego para a sua “amiga secretária” e para o filho; este animador de pista e piropeiro mor das meninas da Câmara, tem muitas hipóteses de em Outubro estar de novo no plantel. Após uma preciosa colaboração neste executivo, o José Manuel “Caçapo”, que estava em maus lençóis – praticamente nem reforma tinha – quando I.S. lhe deu a mão, arranjou uma reforma, emprego para a filha e para a sobrinha, vai certamente voltar a escriturário de algum empresário Messinense.
Para as duas ou três vagas que se abrem existem inúmeros candidatos carenciados, no entanto, de todos eles, é o “expert” Tónica Pontes que se aponta como o preferido de Isabel Soares, pelo seu perfil (contorno do rosto visto de lado): após ter sido convidado a desaparecer, pela Direcção do Banco Santander em Portimão, o amigo José António Silva (irmão da senhora) nomeou-o director geral da Fábrica do Inglês e da Alicoop onde tem desempenhado com brilhantismo a sua função (foram ambas à falência).
Fala-se também que o moço de recados daquelas empresas, sim o Luís Luz que veio corrido de Albufeira; mais os olhos e ouvidos da senhora na cidade, sim o “Estimado” das cautelas; mais o pai da Politóloga que entrou na Câmara para recortar os jornais e fazer de bábá das netas da senhora, poderão também fazer parte das listas, especialmente pelos bons serviços prestados à causa Soarista.
De uma das células do PIS – Partido de Isabel Soares - Os Bombeiros Voluntários de Silves, pode vir uma surpresa; aguardemos para ver.
A maior novidade e grande trunfo da senhora dizem ser o regresso de José Paulo de Sousa. Muito longe de ter passado a carenciado pelo facto de a Caixa Agrícola de Messines não lhe ter concedido o lugar na direcção que merecia - como benemérito daquela instituição -, a ganhar 3 mil euros por mês e usufruir de uma viatura topo de gama. O seu regresso, que é aguardado ansiosamente por todos os funcionários, prende-se pelo facto de pretender pagar uma dívida de gratidão e de poder integrar uma lista que nada tem a ver com o PSD, partido ao qual pediu a sua desvinculação.
UM ELEITOR
Começando pelo Bloco de Esquerda: é por demais sabido que será o Eng.º Carlos Cabrita, mais uma vez, “a levar a cruz” na procissão; aliás, missão muito do seu agrado e que só ele com a sua capacidade de trabalho, grande sacrifício e dedicação à causa, é capaz de o fazer. Ainda que o seu partido tenha dado agora um “tiro no pé”, com o seu voto favorável na lei anti-corrupção de José Sócrates e seus boys, é provável que Carlos Cabrita e seus companheiros de luta tenham mais alguns votos daqui a poucos meses mas, não serão tantos como já disse uma vez o ex-arauto do reino Soarista, Artur Linha.
No PCP ou CDU, vulgo Partido Comunista, as coisas não foram fáceis: aliás, a situação arrasta-se, ou melhor, tem vindo a piorar, desde que ficaram órfãos do “brilhante político e carismático líder” José Viola: e mais ainda, com o êxodo dos seus votantes nas últimas eleições autárquicas, em que os Silvenses comunistas de grandes e quase seculares convicções se converteram praticamente quase todos ao PIS (Partido de Isabel Soares).
Neste momento e após equacionados e discutidos vários nomes, recaiu sobre uma mulher a escolha; é inédito, até no país, que os cabeças de lista dos três maiores partidos sejam mulheres: não se pode divulgar ainda o nome, no entanto pode-se revelar que não é Margarida Ramos, mais que não fosse para não fazer essa desfeita ao seu marido, o Vereador “Independente” Manuel Ramos, o qual diz que não está disponível em virtude do cansaço e dos seus afazeres profissionais, embora haja quem diga que não se quer arriscar a ficar mal visto e querer guardar-se para 2013; e o Partido irá nessa? Muito breve será apresentada a lista numa reunião.
Temos contudo que dar a mão à palmatória e dizer que os membros do Partido na Assembleia, bem como o vereador que o representa na Câmara, desempenharam o seu papel como há muito não acontecia em Silves.
O PS de Silves, ou melhor, Lisete Romão e a trintena de militantes que continuam a alimentar a existência de um “Bloco Central” no concelho de Silves, sim os tais que em Outubro próximo, segundo dizem, vão levar uma vassourada do partido, apresentaram, há bem pouco tempo, a lista para concorrerem às eleições autárquicas.
Sabe-se que a senhora bateu a várias portas mas nenhuma se abriu, assim como sei que falou com várias pessoas, que as convidou, e que levou tampas atrás de tampas. Então a senhora estava à espera que o maior “submarino” de Isabel Soares dentro do PS desde 1997, sim estou a referi-me ao Nuno Silva, aceitasse mais uma vez ir na lista? Então quem lhe deu o emprego que tem hoje? Em 2005 estava na lista só para fazer número, ou ainda não percebeu? Abandonou depois a lide partidária …porquê?
O candidato à chefia da Assembleia é novamente João Ferreira: o homem que diz estar cansado, mas que está com qualquer candidato desde que lhe dê um lugar; que ficou “preso” com Isabel Soares, desde que a senhora lhe arranjou um emprego p’ró filho num banco, mas que o rapaz recusou; que come as papas na cabeça da CDU na Assembleia e na Comissão permanente da mesma, até parece que ficaram resquícios dos tempos em que colaborava na elaboração do Programa Eleitoral dos Comunistas e outras recordações de Monchique em tempos de PREC; enfim o homem de mão de Miguel Freitas, provavelmente por recordações quando fez a casa em Armação de Pêra.
O grande trunfo de Lisete Romão, ao que parece, é o candidato à vereação, Mário Maximino, funcionário da EDP, uma escolha à semelhança da líder. A senhora mais uma vez surpreende toda a gente: será que dos cerca de 30 mil eleitores, esse personagem foi o único que aceitou acompanhá-la na lista? Com franqueza!
A grande novidade desta lista da médica Silvense é o Eng.º Fernando Sequeira. Pela forma como este senhor engenheiro pôs em causa em plena Assembleia, academicamente falando, a intenção da Câmara fazer o favor a Carlos Monjardino e a mais quem não se sabe, de comprar a Fábrica do Tomate pelos 2 milhões de euros, parece estarmos em presença de um técnico competente. E de política caro Fernando, em que ponto estamos? E de conhecimento das realidades do concelho nas mais variadas vertentes? E o caro Fernando sabe com quem se está a meter? Olhe que a aposentação tem outras formas bem mais agradáveis para ser gozada que não a política.
O PIS – Partido de Isabel Soares:
A Presidente da maior Instituição de Caridade Social do Concelho de Silves, leia-se, da Câmara Municipal, ao contrário do que muita gente julga, também não tem a tarefa facilitada em elaborar a sua lista. Por mais grotesco que pareça o leque de personagens “altamente qualificados politicamente, profissionalmente com provas dadas, desinteressados, enraizados na sociedade e acima de tudo impolutos”, que acompanham e rodeiam Isabel Soares, pelo seu número excessivo, está a criar dificuldades à senhora em fazer a escolha, principalmente, porque não quer melindrar este ou aquele.
Quantos aos três já agraciados com a caridade e que compõem o actual elenco governativo, Rogério Pinto, Domingos Garcia e José Manuel Alves, a senhora Presidente já fez convite ao conhecido Egas Moniz, mas este declinou a “honra”, pois ainda não consegue enfiar uma agulha no tal sítio, com o susto que apanhou com o caso Viga D’Ouro; acrescentaríamos também que já conseguiu os seus objectivos que eram: construir uma casa, comprar um jeep, empregar e casar o filho e arranjar-lhes emprego e, aumentar a reforma que tinha do Banco a qual não lhe dava para sobreviver. Rogério Pinto, cujo convite da madrinha na altura lhe aliviou momentaneamente os “problemas” que tinha na escola de Armação de Pêra, conseguiu também arranjar emprego para a sua “amiga secretária” e para o filho; este animador de pista e piropeiro mor das meninas da Câmara, tem muitas hipóteses de em Outubro estar de novo no plantel. Após uma preciosa colaboração neste executivo, o José Manuel “Caçapo”, que estava em maus lençóis – praticamente nem reforma tinha – quando I.S. lhe deu a mão, arranjou uma reforma, emprego para a filha e para a sobrinha, vai certamente voltar a escriturário de algum empresário Messinense.
Para as duas ou três vagas que se abrem existem inúmeros candidatos carenciados, no entanto, de todos eles, é o “expert” Tónica Pontes que se aponta como o preferido de Isabel Soares, pelo seu perfil (contorno do rosto visto de lado): após ter sido convidado a desaparecer, pela Direcção do Banco Santander em Portimão, o amigo José António Silva (irmão da senhora) nomeou-o director geral da Fábrica do Inglês e da Alicoop onde tem desempenhado com brilhantismo a sua função (foram ambas à falência).
Fala-se também que o moço de recados daquelas empresas, sim o Luís Luz que veio corrido de Albufeira; mais os olhos e ouvidos da senhora na cidade, sim o “Estimado” das cautelas; mais o pai da Politóloga que entrou na Câmara para recortar os jornais e fazer de bábá das netas da senhora, poderão também fazer parte das listas, especialmente pelos bons serviços prestados à causa Soarista.
De uma das células do PIS – Partido de Isabel Soares - Os Bombeiros Voluntários de Silves, pode vir uma surpresa; aguardemos para ver.
A maior novidade e grande trunfo da senhora dizem ser o regresso de José Paulo de Sousa. Muito longe de ter passado a carenciado pelo facto de a Caixa Agrícola de Messines não lhe ter concedido o lugar na direcção que merecia - como benemérito daquela instituição -, a ganhar 3 mil euros por mês e usufruir de uma viatura topo de gama. O seu regresso, que é aguardado ansiosamente por todos os funcionários, prende-se pelo facto de pretender pagar uma dívida de gratidão e de poder integrar uma lista que nada tem a ver com o PSD, partido ao qual pediu a sua desvinculação.
UM ELEITOR
CRÓNICA DE NOVA IORQUE
Começo por agradecer a todos os que tiveram a amabilidade de me felicitar pelo nascimento da minha neta Bruna, a começar pela minha prima Gabriela Martins que aqui publicou um post a este propósito. Não o fiz mais cedo porque, infelizmente, nem tudo correu bem no pós - parto. Agora está tudo ok e é altura de voltar ao contacto convosco.
Vou escrever ao sabor do coração, da razão e do que me vai na alma, sem qualquer preocupação em ser “politicamente correcto”, ou que reacções às minhas palavras poderão provocar naqueles que as lerem.
Continuo triste e amargurado e a acreditar que tinha todas as possibilidades de ganhar a próxima eleição autárquica, com um projecto de mudança várias vezes aqui explicitado. Estou resignado, mas revoltado e sempre que penso no nosso Concelho sinto uma sensação de impotência que me causa um profundo mal - estar.
Constato, com tristeza, que voltámos à estaca zero. Abri este blogue ao debate de ideias e de preocupações e tirando o senhor Américo Cabrita, mais nada. Significa isto que – e digo-o com vaidade – o “safanão” que provoquei com o blogue e a carta que enviei aos eleitores do Concelho de Silves, transformou-se de facto numa realidade concreta goste-se ou não da minha pessoa ou das minhas ideias. Ao sair da corrida eleitoral tudo voltou à “normalidade”.
Mas a verdade é que de boas intenções está o inferno cheio. Quiseram que eu fosse candidato independente e cheguei a julgar que isso poderia suceder, A verdade é que das vontades manifestadas aos actos pouco ou nada se passou. Cheguei a escrever aqui que estava aberto a receber todas as assinaturas necessárias. Nada aconteceu. A verdade é que mesmo aqueles que se diziam meus apoiantes se acomodaram perante a decisão tomada pelo Partido Socialista. Nunca, e em momento algum, senti que existissem condições para avançar com uma candidatura fora dos aparelhos partidários.
A minha consolação é saber que “mexi” com o sistema e atenção que quando falo em sistema não estou a pensar apenas em Isabel Soares e no PSD. A minha candidatura assustou todos os directórios partidários locais e sobretudo o “Partido dos Funcionários da Câmara Municipal de Silves”.
Já o disse recentemente na SIC, e repito-o agora que o PS não me quis como candidato por questões de “aparelho” e de “outros interesses” de que não vale a pena falar agora. A sondagem foi um pretexto e ainda por cima foi mal lida.
Agora Isabel soares está nas suas sete quintas. Não tem que se preocupar com nada, tem dinheiro para gastar, pode acabar todas as suas importantes obras e deixar os últimos quinze dias do seu mandato para fazer campanha eleitoral.
Como aqui escreveu Américo Cabrita – e curiosamente não mereceu a habitual atenção – a aprovação do empréstimo dos 15 milhões constitui o dobrar a finados da oposição. Até dá para comprar a Fábrica do Tomate que só em obras para se adaptar ao que a senhora Presidente pretende custará duas ou três vezes mais do que vai ser pago à Fundação Oriente.
Vamos ter portanto obra sobre obra, incluindo as inauguradas em 2005 e preocupa pouco a Isabel Soares saber onde é que irá buscar o dinheiro para cumprir os encargos com o serviço da divida à banca.
Enquanto militante do Partido Socialista e cidadão de pleno direito deste concelho quero dizer-vos que irei assistir e participar à minha maneira na campanha eleitoral que se avizinha. Sou militante do Partido Socialista, mas antes disso sou cidadão livre e continuarei a exercer, em toda a plenitude, os mesmos direitos de cidadania.
Gostava de terminar esta minha crónica de Nova Iorque dizendo-vos duas coisas:
1 - Não sou, nunca fui, nem nunca serei, homem para desistir nos combates em que me envolvo;
2 - Dito Isto vão ter que continuar a contar comigo e cá estarei para ir à luta sempre que se justifique.
Quero Servir Silves e vou continuar a Servir Silves.
António Carneiro Jacinto
Vou escrever ao sabor do coração, da razão e do que me vai na alma, sem qualquer preocupação em ser “politicamente correcto”, ou que reacções às minhas palavras poderão provocar naqueles que as lerem.
Continuo triste e amargurado e a acreditar que tinha todas as possibilidades de ganhar a próxima eleição autárquica, com um projecto de mudança várias vezes aqui explicitado. Estou resignado, mas revoltado e sempre que penso no nosso Concelho sinto uma sensação de impotência que me causa um profundo mal - estar.
Constato, com tristeza, que voltámos à estaca zero. Abri este blogue ao debate de ideias e de preocupações e tirando o senhor Américo Cabrita, mais nada. Significa isto que – e digo-o com vaidade – o “safanão” que provoquei com o blogue e a carta que enviei aos eleitores do Concelho de Silves, transformou-se de facto numa realidade concreta goste-se ou não da minha pessoa ou das minhas ideias. Ao sair da corrida eleitoral tudo voltou à “normalidade”.
Mas a verdade é que de boas intenções está o inferno cheio. Quiseram que eu fosse candidato independente e cheguei a julgar que isso poderia suceder, A verdade é que das vontades manifestadas aos actos pouco ou nada se passou. Cheguei a escrever aqui que estava aberto a receber todas as assinaturas necessárias. Nada aconteceu. A verdade é que mesmo aqueles que se diziam meus apoiantes se acomodaram perante a decisão tomada pelo Partido Socialista. Nunca, e em momento algum, senti que existissem condições para avançar com uma candidatura fora dos aparelhos partidários.
A minha consolação é saber que “mexi” com o sistema e atenção que quando falo em sistema não estou a pensar apenas em Isabel Soares e no PSD. A minha candidatura assustou todos os directórios partidários locais e sobretudo o “Partido dos Funcionários da Câmara Municipal de Silves”.
Já o disse recentemente na SIC, e repito-o agora que o PS não me quis como candidato por questões de “aparelho” e de “outros interesses” de que não vale a pena falar agora. A sondagem foi um pretexto e ainda por cima foi mal lida.
Agora Isabel soares está nas suas sete quintas. Não tem que se preocupar com nada, tem dinheiro para gastar, pode acabar todas as suas importantes obras e deixar os últimos quinze dias do seu mandato para fazer campanha eleitoral.
Como aqui escreveu Américo Cabrita – e curiosamente não mereceu a habitual atenção – a aprovação do empréstimo dos 15 milhões constitui o dobrar a finados da oposição. Até dá para comprar a Fábrica do Tomate que só em obras para se adaptar ao que a senhora Presidente pretende custará duas ou três vezes mais do que vai ser pago à Fundação Oriente.
Vamos ter portanto obra sobre obra, incluindo as inauguradas em 2005 e preocupa pouco a Isabel Soares saber onde é que irá buscar o dinheiro para cumprir os encargos com o serviço da divida à banca.
Enquanto militante do Partido Socialista e cidadão de pleno direito deste concelho quero dizer-vos que irei assistir e participar à minha maneira na campanha eleitoral que se avizinha. Sou militante do Partido Socialista, mas antes disso sou cidadão livre e continuarei a exercer, em toda a plenitude, os mesmos direitos de cidadania.
Gostava de terminar esta minha crónica de Nova Iorque dizendo-vos duas coisas:
1 - Não sou, nunca fui, nem nunca serei, homem para desistir nos combates em que me envolvo;
2 - Dito Isto vão ter que continuar a contar comigo e cá estarei para ir à luta sempre que se justifique.
Quero Servir Silves e vou continuar a Servir Silves.
António Carneiro Jacinto
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