7 de setembro de 2009

AS OPÇÕES E AS DÚVIDAS

“Onde há muito em que eleger não pode haver pouco sobre que duvidar”
(Padre António Vieira)


Falta pouco mais de um mês para que os eleitores decidam com o seu voto nas urnas, quem querem ver à frente dos destinos do nosso Concelho.

Em Silves também se votou em 14 de Dezembro de 1997.
Votávamos por um de dois homens e uma mulher de meia idade, cada um com a sua própria bagagem de gestos, de crenças, de qualidades e de fraquezas. E a nenhum deles fazíamos qualquer favor ao votar nele ou nela. Era até, um acto cheio de dificuldades.
Contudo, a nossa eleição não era muito difícil. Não existiam outras opções.

Votávamos por José Viola – o Presidente em exercício – que mais uma vez parecia não ter sabido tirar os dividendos dos seus anos no exercício de cargos políticos, que era como que o Presidente que tinha vindo do “exílio” e que todos esperariam que esse vital repouso – quase esquecido – do ritmo da vida política, o tinham cristalizado num amadurecimento de juízo de que este concelho necessitava desesperadamente, mas que tinha frustrado as expectativas de todos?

Ou, votávamos em Isabel Soares porque, durante os últimos anos tínhamos presenciado uma invasão de programas e recolhíamos desses programas uma feia colheita de decepções e fracassos por todo o concelho e Isabel Soares parecia dizer que os seus adversários só nos ofereciam mais programas? E ela no entanto afirmava, que eles iam pelo caminho errado e que estávamos a tempo de suspender o derramar de milhões de contos em programas que fracassaram?

Elegíamos José Viola ou Isabel Soares convictos de que o concelho de Silves não devia esperar por um caminho de rosas a partir de 14 de Dezembro. Os próximos 4 anos iriam pôr à prova a confiança do concelho nos seus próprios destinos, com maior intensidade que em qualquer outro período da sua história.

Dia 14 de Dezembro, o alarido, as alegações, as ameaças e os impropérios apagaram-se. Reinou a maior calma num comício eleitoral. E ninguém ajudou o eleitor a tomar a sua decisão. Deste modo – precisamente naquele mesmo instante – deveria compreender aquilo que teria de fazer durante quatro anos, mil vezes por dia, o homem ou a mulher por quem o eleitor votaria. E nesse momento, tocou ao eleitor decidir. A sua decisão, como se toda a gente dependesse disso foi por Isabel Soares – 6.604 votos.
…E agora?

A escolha em 1997 não era difícil, até porque não haviam outras opções. E que opções haviam em 2001 e 2005? E que opções existem em 2009, diferentes das que se apresentaram ao eleitorado nos últimos 12 anos?

À excepção da estreante Rosa Palma, candidata da CDU, os demais concorrentes Carlos Cabrita e Lisete Romão repetem a aventura de 2005 e Isabel Soares vai a votos pela 5ª. vez. Há porventura dúvidas de que as opções, mais uma vez, não existem?
Perante um quadro desta natureza, para quem percebe as reais intenções políticas de Isabel Soares ou de Lisete Romão, não terá certamente qualquer dúvida de que nem uma nem outra merecem a confiança dos Silvenses.
Quem tem memória e conhece a realidade do Concelho, não tem dúvidas de que com “Cravos” ou com “Rosas” os Comunistas, jamais voltarão ao poder em Silves, terão até muita sorte se conseguirem manter um lugar na vereação.
Ninguém terá dúvidas da seriedade do Eng.º Carlos Cabrita e da honestidade das suas propostas ao concorrer mais uma vez às eleições em Silves e, a adesão de ex-autarcas de outros partidos às suas listas tem mais significado do que parece; há quem diga até que a sua lista é o início ou o prenúncio de uma real candidatura unitária de esquerda. Assim sendo, parece que ninguém terá já qualquer dúvida de que embora em representação do BE, ou também por esse facto, Carlos Cabrita vai mesmo ser eleito como vereador da Câmara de Silves.

Um eleitor

3 comentários:

  1. O número dois da lista do PS fartou-se de falar mal das pessoas de Silves e agora vem pedir-lhes os votos!!!

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  2. este blog não serve os silvenses, serve um eleitor. Ele escreve,ele dá opinião,ele ataca ele analisa,ele comenta ele finge que sabe tudo.....ele ou será ela,somente cansa. Serão remeniscencias do criador do blog?!

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  3. Este eleitor vai dizendo algumas verdades ... motivo pelo qual é frequentado.
    Agora que surgiram os cartazes (tão esperados) de Isabel Soares, ficámos a saber que é por si e por eles que ela se entrega a Silves.
    Não sendo entendido em marketing ressalta:1)A utilização do pronome pessoal na 3ª pessoa é significativo... Pelo menos o nós ... mas isso tornaria a senhora mais um de nós e ela pensa que não é ... Ela está aqui a "tomar conta do rebanho" logo não faz parte dele ... E para que se saiba que é uma verdadeira avozinha a cuidar dos netinhos, ressaltam as rugas na foto utilizada (desta vez nem ao fotoshop recorreu para fazer a plástica) para atestar da sua maturidade.
    Devo confessar que (não fora a utilização abusiva do pronome na 3º pessoa) acho que são mais elegantes do que os outros que mostram as restantes candidatas à CMS.

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