7 de outubro de 2009

PENÚLTIMA REFLEXÃO

Quando estamos a poucos dias das eleições autárquicas, quero ainda deixar aqui algumas notas. Digamos que é a minha penúltima reflexão sobre o acto do próximo Domingo.


Sobre os candidatos algumas frases:

ROSA PALMA da CDU
“Há homens e mulheres que são como as velas; sacrificam-se para dar luz aos outros”. (Padre António Vieira).

LISETE ROMÃO do PLR
“Não há absolutamente ninguém que faça um sacrifício sem esperar compensação. É tudo uma questão de mercado”, disse certo dia “Cesare Pavese”.

Sobre a sua entrevista na Rádio Algarve FM e a suas palavras de que vai ser a próxima Presidente da Câmara de Silves diria “Georges Clemenceau” – “Não perturbemos o homem ou mulher que substituiu a vida por um sonho”. E “André Chamson acrescentaria – “Pode misturar-se a esperança e o desespero até já não se distinguirem um do outro”.

Sobre a sua teimosia em querer ser Presidente diria “Laurence Sterne” – “Chama-se perseverança quando é por uma boa causa, obstinação quando é por uma causa ruim”.

CARLOS CABRITA do BE
“Para atingir o ponto mais alto, tem de se começar pelo mais baixo”, como disse um dia “Siro”.
Já “Walter Scott” escreveu – “Para o êxito, a atitude é tão importante como a capacidade”.

ISABEL SOARES do PIS
Sobre a Obra Feita que apregoa diria “Séneca” - “Que se cale aquele que fez um benefício. Que o divulgue aquele que o recebeu”. Acrescentaria aqui “Balzac” – “Deve-se deixar a vaidade aos que não têm outra coisa para exibir”.

Sobre as suas palavras de que a Câmara nunca esteve tão bem e de que as contas da Câmara estão agora em ordem diria “Bismarck” – “Nunca se mente tanto como em vésperas de eleições, durante a guerra e depois da caça”. O Padre António Vieira diria também – “Para não mentir, não é necessário ser santo, basta ser honrado, porque não há coisa mais afrontosa, nem que maior horror faça a quem tem honra, que o mentir”. Ainda a propósito diria “Henri Régnier” – “As mulheres mentem bem porque, ao mentirem, quase se convencem de que estão a dizer a verdade”.

Sobre a popularidade da senhora diria “Óscar Wilde” – “Para se ser popular é preciso ser-se uma mediocridade”.

PROGRAMAS

O eleitor desconfia da maior parte dos programas; não apanha pormenores; e a motivação política de muitas afirmações provoca, geralmente, a sua irritação. O interesse dos programas não está nos pormenores, mas sim nas directrizes, nos potenciais e, novamente, nas prioridades. Realismo quanto ao que deve fazer-se, análise inteligente no que diz respeito a como devemos mover-nos e porquê, e confiança em que será feito quanto seja indispensável fazer-se.
Consciente ou inconscientemente, sabem os candidatos e sabem os eleitores que no Concelho de Silves a matéria-prima está disponível. Existem ideias, dados, técnicos. O que faz falta é um liderato que forje os materiais conseguir que a máquina criadora da vida silvense actue para empurrar o concelho para a frente. Porém, não existe uma máquina económica. Os recursos concelhios não abundam.

Em relação a tudo isto e olhando para os Programas que os candidatos apresentam para o concelho, tenho que afirmar que não têm o suficiente impacto potencial para justificar uma consideração séria.
Todos dizem, prometem, fazer tudo e mais alguma coisa. Mas fazer com que dinheiro?

Como que a gozar com tudo isto e com todos, até o capítulo de “Actividade Económica” do deplian de apresentação do programa de Isabel Soares está repetido.



ENTREVISTAS NA RÁDIO

Antes do mais quero salientar a inocência, a falta de ratice política dos candidatos que embarcaram nesta de entrevistas, todos de seguida, na rádio, sem um prévio sorteio. Resultado ...Isabel Soares, logicamente, foi entrevistada em último lugar.

As entrevistas aos candidatos à presidência da Câmara, nem merecem comentários. Como se esperava, não vieram trazer nada de novo. Repetiu-se a história da montanha a parir um rato. Penso também que tudo já estava mais que decidido há bastante tempo e que estas entrevistas mais não são que cumprir o protocolo das campanhas.
A única novidade, que para mim foi a confirmação do que saliento na frase acima, residiu na presença de Rosa Palma. Carlos Cabrita e Lisete Romão ainda que mais desenvoltos que em 2005, estiveram iguais a si próprios. Isabel Soares, a presidente, que sabe ir continuar como tal (pelo menos nos próximos 2 anos), debitou o que lhe apeteceu sobre os vários temas que lhe foram apresentados e a mais não era obrigada, face aos candidatos opositores, os quais se percebe não lhe provocarem qualquer desconforto, para não dizer outras coisas.

As entrevistas-debate entre os candidatos a cada uma das Juntas de Freguesia, como tem sido habitual, foi mais do mesmo. Salvo raras excepções, ressalta a falta de preparação e o desconhecimento das realidades de cada uma das freguesias, por parte dos novos candidatos, em contraste com os actuais Presidentes. Digamos que os partidos apresentam os seus candidatos, “só porque têm de fazê-lo”. E, não fôra Armação de Pêra onde o “pachorrento” Fernando Santiago atravessou alguma dificuldade no confronto com Luís Ricardo, o que lhe poderá valer a reeleição; em S. B. Messines, em que nem a arrogância, nem a sua voz de rico do Comandante dos Bombeiros (não é o bombeiro, como um dia salientou) conseguiram abanar as orelhas do determinado José Vítor que vai certamente continuar no seu posto; e o debate de Silves onde Mário Godinho “passeou a sua classe” frente a um pretenso snob chamado João Lourenço e frente ao miúdo Luís “Banheiras”, tudo o mais é para esquecer, com a reeleição dos actuais detentores dos cargos.

Um Eleitor

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